A Comissão da Reforma do Estatuto do Corinthians está trabalhando em um antetexto que delineia diretrizes para a regularização da relação do clube com as torcidas organizadas, com um foco especial na venda de ingressos. Este documento foi revisado por Romeu Tuma Jr., atual presidente do Conselho Deliberativo, e será submetido à deliberação dos conselheiros nas próximas etapas do processo de reforma.
A proposta é fruto de sugestões e iniciativas recebidas pelo órgão e tem como objetivo aumentar a transparência na interação entre as torcidas organizadas e o clube. Conforme um documento obtido pelo Lance!, as diretrizes principais incluem a criação de um plano de sócio-torcedor exclusivo para torcidas organizadas, critérios de adimplência dupla, igualdade nos critérios de pontuação, pagamento direto ao Corinthians e a proibição da emissão de ingressos físicos.
O novo plano de sócio-torcedor será integrado à plataforma Fiel Torcedor e estará disponível apenas para membros de torcidas organizadas que sejam oficialmente reconhecidas através de um contrato com o clube que regula o uso da marca. A mensalidade deste plano não poderá ser inferior àquela cobrada dos torcedores comuns e poderá incluir áreas exclusivas na Neo Química Arena, dentro dos limites legais estabelecidos.
No setor destinado ao plano para torcidas organizadas, será garantido que, no mínimo, 20% dos ingressos sejam disponibilizados para integrantes de outros planos do programa e para torcedores comuns. Para ter acesso ao plano, os membros das torcidas devem estar com suas mensalidades em dia, tanto com a torcida quanto com o clube. Além disso, as organizadas serão responsáveis por fornecer as informações necessárias à plataforma de venda de ingressos, viabilizando a verificação através de uma API.
Todos os ingressos serão adquiridos diretamente pelos sócios na plataforma oficial do Corinthians, sem intermediários, e a entrada nos jogos será facilitada pelo sistema de biometria facial, que já é usado por algumas torcidas. O uso de ingressos físicos será proibido em qualquer modalidade ou categoria, com a exigência de que todas as entradas sejam digitais; qualquer exceção deverá ser comunicada e aprovada pelo Conselho de Orientação, que também exigirá prestação de contas.
Essa reforma do estatuto visa estabelecer uma relação mais transparente entre o clube e as torcidas organizadas. A proposta deverá ser apresentada para votação ainda este ano, conforme anunciado por Tuma em uma coletiva de imprensa em setembro. Algumas práticas já estão em vigor, como o cadastro biométrico e o pagamento da anuidade das torcidas, que, a partir do próximo ano, será efetivado diretamente ao clube, embora ainda careçam de formalização.
Recentemente, surgiram preocupações sobre a relação entre as torcidas e o clube, especialmente após uma reportagem do UOL que revelou uma dívida de R$ 501.481 de algumas organizadas em pagamentos atrasados do Fiel Torcedor. Como resultado, Tuma determinou a realização de um levantamento sobre essas dívidas históricas. Ele enfatizou a intenção de esclarecer a situação e entender contribuições de gestões anteriores, que podem incluir financiamentos para deslocamentos em dias de jogos e patrocínios para desfiles de escolas de samba durante o Carnaval.



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