Hugo Souza, jogador do Corinthians, enfrenta uma luxação no ombro, que pode resultar em sua ausência em partidas futuras. O cenário se complica ainda mais quando se considera a situação de Kauê Moreira de Souza, um atleta que obteve na Justiça o direito de receber uma pensão mensal do Corinthians até 2035. Kauê, que ficou cinco anos no clube, passou três deles impossibilitado de atuar devido a uma lesão que alega não ter sido tratada adequadamente pelo departamento médico.
Durante seu tempo na base do Timão, Kauê participou de 13 partidas, mas não conseguiu marcar gols nem sequer treinar com a equipe profissional. Com passagens pelas categorias de base de Taboão da Serra, São Bernardo e São Paulo, ele assinou contrato com o Corinthians em abril de 2019, inicialmente por dois anos, período que foi posteriormente prorrogado até 2022. O jogador foi emprestado ao Oeste, mas sua carreira foi atrapalhada por problemas de saúde, o que trava a projeção.
Em abril de 2021, Kauê sofreu uma entorse no joelho direito durante um treino na base do Corinthians, o que deu início a uma série de dores e dificuldades de locomoção. Diagnosticado com espessamento fibrocicatricial do ligamento colateral medial e tendinopatia patelar, ele passou por vários tratamentos. Após retornar ao Corinthians, uma nova avaliação revelou a necessidade de uma cirurgia no joelho. A defesa de Kauê alegou que, sem a cirurgia apropriada, a lesão se agravou. Em abril de 2024, o Corinthians decidiu não renovar o contrato de Kauê, que deixou o clube ainda enfrentando dores e limitações físicas.
Atualmente, Kauê iniciou uma ação judicial contra o Corinthians, alegando que sua lesão constituiu um acidente de trabalho que resultou em incapacidade permanente para jogar futebol profissionalmente. Um laudo médico de perita judicial levou o juiz Ivo Roberto Santarem Teles, da 6ª Vara do Trabalho de São Paulo, a conceder ganho de causa a Kauê, condenando o Corinthians a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil e uma pensão mensal de R$ 12 mil até setembro de 2035, totalizando aproximadamente R$ 2,5 milhões. O clube terá que pagar a pensão por má assistência no tratamento.
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