A diretoria do Corinthians, comandada por Osmar Stabile, estuda sair do Regime Centralizado de Execuções (RCE) por causa da alta taxa de juros ligada ao plano. A gestão acredita que negociações diretas com os credores podem oferecer condições de pagamento mais favoráveis, diferente do modelo atual, criado para quitar uma dívida de R$ 367 milhões.

O RCE, que aplica juros da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, foi pensado para reorganizar as finanças do clube e aliviar bloqueios judiciais. Mesmo assim, a diretoria busca alternativas para retomar o diálogo direto com os credores e avaliar se o regime ainda é vantajoso.

Essa postura contrasta com a gestão anterior, liderada por Augusto Melo, que optou pelo RCE devido à dificuldade em negociar individualmente. As divergências incluem critérios de formulação do plano e valores incluídos, como os R$ 700 mil pagos à empresa Rede Social Media Design LTDA, ligada a um sócio denunciado por lavagem de dinheiro. A nova administração também conseguiu anular uma execução de mais de R$ 22 milhões de Giuliano Bertolucci, que estava no plano.

O Corinthians entrou no processo do RCE há cerca de dez meses, mas a proposta de parcelamento em dez anos ainda não foi aprovada completamente. O clube quer organizar suas finanças, mas a escalada de juros e os valores questionados levantam dúvidas sobre a continuidade no regime.

?? Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Além das questões financeiras, hoje é dia de Corinthians em campo contra o Atlético-MG, na Neo Química Arena — mais um motivo de expectativa para a torcida.