Em meio à turbulência política, o Corinthians voltou de Goiânia com um ponto na bagagem e uma série de questões pendentes exploradas pelo técnico António Oliveira na entrevista pós-empate por 2 a 2 diante do Atlético-GO. Revolta, pedidos, recado... O português fez questão de mostrar insatisfação com Ramon Menezes, que comanda a seleção brasileira sub-20 e se prepara para o Sul-Americano, previsto para janeiro.
O ex-meia convocou Breno Bidon e Wesley para um jogo-treino do Brasil contra o Botafogo sub-20. O embate ocorreu no último sábado (8) e desgastou os jovens corintianos — o volante atuou por 90 minutos, e o atacante foi substituído pouco antes do fim. António se revoltou com a utilização de seus atletas e deixou claro: eles não serão liberados para compromissos do tipo. O corintiano ainda reforçou que houve o descumprimento de um "combinado", sem explicitar o que foi acordado entre as partes
.
Ele também fez pedidos velados à diretoria e ao elenco após o empate, que livrou o time da zona de rebaixamento provisoriamente. Aos dirigentes, ressaltou a "necessidade clara" de reforços, mas mostrou compreensão diante das turbulências políticas vividas pelo clube nas últimas semanas. Aos jogadores, disse que é preciso "parar de errar" — no empate diante dos goianos, Cacá fez gol contra, Gustavo Henrique foi expulso e Hugo cometeu o pênalti que gerou o 2 a 2 já nos acréscimos.
O "heroísmo" dos atletas diante da desvantagem numérica, por outro lado, acabou exaltado. António, no entanto, foi direto no recado ao falar sobre Carlos Miguel: o goleiro jogará enquanto for do Corinthians. O sucessor de Cássio está cada vez mais perto de fechar com o futebol europeu, mas deve ser utilizado no clássico contra o São Paulo no domingo (16).