Foto: Daniel Augusto Jr / Ag Corinthians

No Corinthians desde o início de 2018, quando chegou vindo da Ponte Preta, o zagueiro Marllon passa a ter sua primeira sequência como titular na defesa do Timão, que ainda vive indefinição neste começo de ano. Crescido na favela de Bangu, o jogador destacou, em conversa com o Globo Esporte, a importância da sua família para que conseguisse ter êxito profissional.



"Nasci em Bangu, numa favela praticamente, e sempre fui um cara que correu atrás dos sonhos. Minha infância foi muito tranquila, tive uma estrutura familiar muito boa, eles me orientavam, me tiravam dos maus caminhos. Tenho um enorme carinho pelo lugar que cresci, vou lá até hoje, minha família vive lá. Não vou deixar de frequentar nunca", contou.

Ainda com 26 anos, o zagueiro rodou bastante antes de chegar ao Timão. Na base, foram passagens por Fluminense, Estácio de Sá e Cruzeiro, até chegar ao Flamengo, onde completou sua formação e foi campeão da Copa São Paulo de Juniores, em 2011, como titular e um dos destaques, sendo promovido no ano seguinte.

Mas, o jogador revela que, mesmo com tanta rodagem, a grande frustração da carreira até aqui foi não ter atuado pelo Bangu, clube de onde cresceu e pelo qual admitiu ser torcedor.

"Nunca tive o prazer de jogar lá, é o time que eu torço. Não ia a jogos porque dificilmente ficava em casa quando garoto, mas sempre que está passando jogo eu assisto. Tenho amigos jogando no clube. Não tem como torcer para outro time em Bangu, quero ver meu Banguzinho lá em cima", revelou.

Sem sequência no Flamengo após ser promovido, o jogador pediu rescisão em 2013, e rodou pelo futebol brasileiro, foram passagens por Rio Claro, Santa Cruz e Capivariano, antes de chegar ao Atlético-GO, onde se destacou na campanha da Série B 2016, que rendeu o título aos goianos e visibilidade para o zagueiro, que se transferiu para a Ponte Preta, repetindo as boas atuações.



Na Ponte Preta, o zagueiro chegou a jogar contra o Timão e até marcou um gol, na decisão do Paulistão 2017, em Itaquera, tento que não impediu a consagração corinthiana.



Chegando ao Timão, foram poucos jogos no primeiro ano, ficando no banco para Balbuena, Henrique, Pedro Henrique e Léo Santos, recebendo pouquíssimas oportunidades. No entanto, 2019 começa diferente para o jogador, que foi titular na estreia do Paulistão, diante do São Caetano, e manterá o posto contra o Guarani, na quarta-feira.


Por: Matheus Pedroso