Os advogados do árbitro paraguaio Carlos Amarilla tentam reverter a suspensão imposta pela Comissão de Árbitros do Paraguai. Para isso, a defesa usa um documento registrado em Buenos Aires, no dia 2 de julho, com declarações de Abel Gnecco, representante da Associação de Futebol Argentina na Conmebol, eximindo o juiz de qualquer suspeita por sua atuação polêmica no jogo de volta entre Corinthians e Boca Juniors, válida pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América de 2013.

No documento, o dirigente diz que "jamais teve contato direto ou indireto com os membros do corpo arbitral composto por Carlos Amarilla, Rodney Aquino e Carlos Caceres". Além disso, Gnecco ressalta que a nomeação do trio de arbitragem é um procedimento da Comissão da Conmebol, sem nenhuma intervenção.

Escutas telefônicas envolvendo Julio Grondona, ex-presidente da AFA que faleceu em julho do ano passado, levantaram suspeitas sobre a arbitragem da partida. O duelo foi recheado de polêmicas e até hoje gera reclamações no Corinthians. Em entrevista ao SporTV na semana passada, o paraguaio admitiu ter errado apenas uma vez naquele duelo do Pacaembu.

Por causa das suspeitas, Carlos Amarilla foi afastado pela Comissão de Árbitros do Paraguai, o que o impossibilita de participar de qualquer torneio em seu país. Anteriormente, Gnecco já havia enviado uma carta à Associação de Futebol do Paraguai afirmando que o juiz não tinha qualquer participação com o conteúdo das escutas telefônicas. Os dirigentes, porém, mantiveram a suspensão.

A Confederação Sul-Americana de Futebol ainda não se pronunciou sobre o caso. Com 44 anos, Carlos Amarilla vem mantendo a forma em um parque público de Assunção. O árbitro vai se aposentar dos gramados no fim do ano.