Desde que o peruano Paolo Guerrero foi diagnosticado com dengue e precisou desfalcar o time, o Corinthians nunca mais foi o mesmo. Pelo menos é o que os números e os resultados apontam durante o período.

Sem ele, o time tem 66% de aproveitamento. Não chega a ser um desempenho de todo ruim, mas bem abaixo do que vinha acontecendo antes. Foram 11 jogos sem o atleta, com 22 pontos conquistados em 33 possíveis. Neste lapso de tempo, o time marcou 13 gols.

Na outra mão, no entanto, já com o atacante em campo, o desempenho salta para impressionantes 86%. Foram 36 pontos conquistados em 42 possíveis. Só ele, sozinho, marcou 10 gols em 14 jogos, quase o mesmo número de todo o time sem sua presença, como é possível concluir.

O fato é que o seu afastamento serviu para mostrar à comissão técnica corintiana que o time não é tão independente quanto pensa do futebol do centroavante. Mesmo porque, seu reserva imediato vem tendo um desempenho bem abaixo do titular. Vagner Love marcou apenas dois gols na temporada e tem colecionado atuações abaixo da crítica, sendo alvo de questionamentos por parte da torcida. Danilo, outra opção, é meia de origem, serviria apenas para situações específicas de improviso.

Por conta disso, o Timão trabalhou (com êxito) para ter a sua primeira partida das oitavas de final da Libertadores contra o Guaraní-PAR apenas em duas semanas. Tempo que se espera para que Guerrero esteja novamente à disposição. O que preocupa ainda mais a diretoria, no caso específico de seu camisa 9, é a discussão sobre a sua complexa renovação de contrato. Tida como prioridade, o? Corinthians corre contra o tempo para equacionar suas dívidas com elenco e partir para o desfecho positivo com o ídolo peruano.