9/7/2025 11:04

busca por reforços no departamento de scout do Corinthians

busca por reforços no departamento de scout do Corinthians

Corinthians tem maratona de seis jogos em 19 dias no mês de julho Enfrentando dificuldades financeiras e forte concorrência nacional e internacional, o Corinthians aposta no trabalho de inteligência para encontrar boas oportunidades no mercado da bola e reforçar o elenco na janela de transferências que será aberta na próxima quinta-feira. Criado há um ano, o departamento de análise de mercado (ou simplesmente "scout") do Corinthians cresceu em estrutura e funcionários. Hoje, o setor tem um espaço próprio no CT Joaquim Grava e conta com quatro profissionais. São eles: Renan Bloise: é o gerente do departamento e homem de confiança do diretor executivo Fabinho Soldado. Ocupou o mesmo cargo no Flamengo, onde passou mais de cinco anos. Ex-jogador, tem a licença B da CBF para treinador de Futebol. Lucas Pareto: contratado no fim de 2024, é coordenador de scout. Também trabalhou no Flamengo por sete anos e passou pelo Fluminense. Possui graduação de nível 2 da "Professional Football Scouts Association", referência na análise de jogadores de futebol. Thiago Santos: outro velho conhecido de Fabinho Soldado, com quem trabalhou no Flamengo, o profissional chegou ao Corinthians no meio do ano passado após passagem pelo Azuriz, do Paraná. É pós-graduado pela Universidade Europeia com especialização em scouting. Felipe Acosta: chegou ao Timão no fim do ano passado, após acumular experiências por Paysandu, Náutico e dois clubes de Portugal: Feirense e Padroense. Tem mestrado em administração esportiva pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. O quarteto é responsável por mapear centenas de atletas nas mais diferentes ligas do mundo. Não há jogador que chegue ao Corinthians sem antes passar pelo crivo dos analistas. Além de avaliar questões técnicas, táticas e físicas dos atletas, eles tentam mapear até mesmo questões comportamentais e psicológicas dos possíveis reforços. – É importantíssimo ver a parte social também, não só o desempenho dentro do campo, essa parte da análise extracampo também é fundamental. Buscamos entender como é o dia a dia do atleta, a postura nos treinamentos, não apenas como ele é no jogo – explica Renan Bloise. – Como é a base familiar e o entorno dele? Como é a relação dele com os agentes? Isso tudo é importante para o nosso trabalho, que é tentar diminuir a porcentagem de erro ao máximo. Não existe o erro zero. A gente sempre vai estar correndo risco. Mas o trabalho do departamento é esse, mapear todos os aspectos: técnicos, táticos, físicos, psicológicos e sociais – complementa. O trabalho de Renan vai além da análise dos atletas. É ele quem faz o contato inicial com os empresários antes de Fabinho Soldado intensificar as negociações. O gerente corintiano está sempre em contato com agentes a fim de identificar oportunidades e sair em vantagem na concorrência com outros clubes. Abaixo, você confere uma entrevista exclusiva com o chefe do departamento de análise de mercado do Corinthians . O que mudou no departamento de análise de mercado do Corinthians ao longo deste primeiro ano de existência? – Nós fizemos melhorias. Na parte da estrutura, hoje a gente tem uma sala exclusiva e em breve queremos criar uma outra sala para ter uma privacidade maior para receber pessoas, fazer reuniões... Em termos de pessoas, inicialmente éramos apenas dois, e agora já somos em quatro profissionais. E o que vem pela frente? – O objetivo agora é seguir crescendo. Queremos avançar na parte de dados também, com o intuito de ter uma analista de dados para trabalhar especificamente com isso. Hoje nós mesmos fazemos isso. Isso agrega muito na nossa área e em outras partes do departamento de futebol. Também estamos adquirindo novas plataformas tecnológicas para ajudar no nosso trabalho. Como é a divisão de trabalho no departamento? Você fica mais em contato com o Fabinho e os outros três analistas ficam mais em atividades internas? – Eu sigo acompanhando, vendo os jogos, analisando. Lógico que não da mesma forma que eles, mas eu não abandono essa parte. Mas fico muito mais com a parte da gestão do departamento, de fazer a integração com o Fabinho, de estar sempre alinhado com ele, com a comissão técnica, estar conversando com o Dorival, com o estafe todo sobre as nossas ideias, e já ir alinhando o que a gente pensa no curto, médio e longo prazo. – A gente mantém conversas periódicas, né? Está todo dia aqui junto, sempre trocando ideias, sempre acompanhando, procurando entender a avaliação de elenco, o que pensa de futuro, de mercado, o que a gente acredita ter de carências, e acompanhamento também dentro do que a gente tem na base, atletas que a gente pode aproveitar, tudo isso. E os outros três profissionais, como é o trabalho deles? – Em um clube como o Corinthians , o escopo é muito amplo na busca de atletas, de acompanhamento e monitoramento de mercados. Então a gente procura dividir. A gente divide entre regiões, e os scouts vão fazendo um monitoramento dos clubes, dos países... Por exemplo: atletas sul-americanos que estão fora, atletas sub-23, enfim, tem várias formas, a gente divide em alguns perfis e cada um fica responsável por algumas áreas. O trabalho é proativo, a gente chega no momento da janela com tudo praticamente definido. Quando a janela chega, então, vocês já estão com o trabalho praticamente finalizado? – Sim! Agora é a conclusão, alcançar os objetivos, os alvos que tem dentro daquilo que já foi traçado, entre a direção e a comissão. Lógico que sempre pode acontecer alguma alguma mudança ou outra, essa janela agora possibilita saídas que a gente não espera, porque a Europa pode vir buscar algum atleta dentro do elenco do Corinthians , a gente tem atletas com potencial para atrair o interesse de grandes ligas, então a gente tem que estar em alerta, né? Caso ocorra alguma saída, tem alguns nomes preparados para isso. – Para exemplificar melhor: a gente tem o Yuri Alberto, que não é de hoje que já vem recebendo consultas, já teve até proposta em outro momento, vive um grande momento. Você tem o Garro, o Breno Bidon, dentre vários atletas do nosso elenco, nós temos muitas possibilidades. O próprio Memphis, né? O Hugo, hoje goleiro da seleção brasileira. A gente sabe que pode ficar suscetível a uma procura. O que vem sendo feito e tentado é a manutenção para que a gente consiga ter um ano com mais alguma conquista. E como funciona a busca de vocês? São mapeados diferentes cenários? Por exemplo: jogadores livres, jogadores que demandam investimento...? – A gente tem que fazer um monitoramento amplo, porque até chegar nesse momento próximo da janela alguma coisa pode mudar. De repente a gente está pensando que não vai ter investimento, mas a gente pode ter uma capacidade de investimento um pouco maior. Não criamos só o "hotlist" dos atletas que a gente vai buscar nessa janela. De todas as posições temos nomes para entregar, porque saídas podem acontecer. Atacamos mais as posições já pré-definidas, mas monitoramos todas as posições. Vocês têm um número mínimo de atletas acompanhados por posição? – A gente tem um número nosso aqui que acreditamos ser satisfatório para poder atender. Mas prefiro não revelar (risos). A gente já tem um banco de dados bem extenso pelo tempo que a gente já vem trabalhando. Cada um já carrega consigo um banco de dados próprio, e a todo momento aparecem novos atletas. Como funciona a relação com os empresários de futebol? O primeiro contato quando algum jogador é oferecido acontece com você ou com o Fabinho? – Tem várias formas. Eu faço o primeiro o contato com o agente, quando eu passo para o Fabinho o atleta já foi aprovado pelo departamento e já houve um contato inicial meu para ver a viabilidade da operação. Muitos enviam sugestões de atletas, procuram o Fabinho ou mesmo outras pessoas da diretoria. E a nossa parte é dar o parecer técnico. Até o próprio treinador pode passar alguma sugestão também, por exemplo: "Renan, tem um atleta aqui, o que vocês acham?" A opinião do departamento tem que acontecer, essa é a nossa função. Todos os jogadores passam pelo departamento de análise? Até aqueles mais conhecidos? – Independentemente do atleta, tem que ter o parecer técnico. Eu acho que hoje essa área cresceu muito, é difícil você ver uma equipe que não tem um departamento desse, pois já ficou comprovada a importância. O departamento de scout não contrata nenhum atleta, a gente serve como apoio para ajudar na decisão do Fabinho, do presidente... E mesmo sendo, como você falou, uma estrela mundial, um grande jogador, você tem que fazer o processo completo de avaliação, tem que ter o parecer, até para poder fazer um comparativo entre esse atleta e outro similar, uma mesma condição. Você contou que o departamento analisa não apenas o desempenho técnico e tático, mas também aspectos comportamentais dos jogadores. Como vocês levantam essas informações? – A gente uma rede de contatos. Atletas ajudam bastante. Às vezes no próprio clube tem algum atleta que já atuou com esse jogador monitorado. De repente um treinador e até na área de scout os profissionais têm uma relação muito boa. Lógico, trabalhamos em clubes diferentes, somos adversários, concorrentes, mas temos uma relação muito boa de colaboração entre nós. Também é importante acompanhar o jogador ao vivo ou hoje, com a tecnologia, não existe mais essa necessidade? – No final, para você fechar o atleta, eu acho importante. Porque "in loco" você vê situações que não consegue ver no vídeo. A atmosfera do jogo, como é o jogador sem bola, o comportamento... Porque aí você no estádio para ver especificamente o atleta. Antigamente você tinha que viajar para vários países para observar atletas. Hoje não. A tecnologia te economiza muito tempo e dinheiro. Mas, para fechar uma avaliação, ter a certeza daquilo, eu acho que é importante estar presente. Como vê o mercado brasileiro nessa janela de transferências que está prestes a abrir? – Hoje há clubes que têm uma capacidade a nível de Europa. Você vê o movimento de clubes trazendo atletas a 20 milhões de euros, uma coisa que seria inimaginável até pouco tempo atrás. Isso acaba inflacionando o mercado? – Eu acho que tem mercado para todos os níveis. Tem oportunidades, tem atletas que são jovens, que estão se desenvolvendo. Lógico, demanda trabalho. Com menos investimento, você vai correr um pouquinho de risco a mais, mas você consegue. Eu acho que mesmo sem tanto investimento a gente conseguiu fazer uma boa janela um ano atrás. Acho que ajudou o clube a mudar, encorpar o elenco a nível técnico, ajudou a desenvolver atletas que já estavam aqui. Buscamos isso, não só trazer qualidade, mas atletas que ajudam a potencializar outros que já estão aqui. Nosso objetivo é a toda janela, ano após ano, ter uma equipe mais qualificada. Sei que você não pode falar em posições ou nomes de possíveis reforços, mas o que o torcedor do Corinthians pode esperar dessa janela? – Acho que o torcedor tem acompanhado esse processo que o Corinthians vem passando de reestruturação. Chegar aqui e falar de investimentos em atletas de 20 milhões não seria uma realidade, né? O que eu posso falar é que nós temos trabalhado bastante e, dentro das carências e dos objetivos que o clube possui, temos nomes que acreditamos que virão e farão crescer ainda mais esse elenco. Eles vão nos ajudar a qualificar ainda mais o elenco, a dar mais opções para o para o treinador trabalhar e chegar aos nossos objetivos. A gente está na expectativa de fazer uma boa janela e ter um grupo mais preparado para atingir os nossos objetivos.

Corinthians tem maratona de seis jogos em 19 dias no mês de julho
Créditos da imagem: globoesporte.com


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