O Corinthians tem sofrido para engrenar no Campeonato Brasileiro e precisa se atentar a sua situação atual no torneio de pontos corridos. No último domingo, o Timão apenas empatou com o Fortaleza em 1 a 1, na Neo Química Arena, pela 18ª rodada da competição nacional. É fato que o Corinthians foi a campo com uma equipe bastante modificada. O técnico Dorival Júnior, já pensando no Derby de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, optou por escalar um time totalmente reserva para o embate, com as exceções do goleiro Hugo Souza e do zagueiro André Ramalho. Em coletiva, o treinador bancou a decisão. E ele não está errado. Apesar de alguns titulares terem entrado ainda no intervalo (vide os casos de Yuri Alberto, Matheuzinho, Garro e Memphis), Dorival acertou ao poupar - nesta ocasião - justamente devido à imensa importância do confronto diante do Palmeiras. O primeiro tempo da equipe reserva do Corinthians, inclusive, foi melhor do que o esperado. Embora a falha defensiva tenha custado um gol ao Timão, a postura do time se manteve a mesma. A equipe controlou a posse de bola e encontrou alternativas no setor ofensivo, especialmente pelo lado esquerdo. Angileri, inclusive, foi bastante acionado e chegou a ter duas finalizações perigosas, uma na trave e outra defendida pelo goleiro Vinicius Silvestre. Romero também perdeu uma grande oportunidade próximo à pequena área. O que faltou ao Alvinegro, portanto, não foram chances, mas sim efetividade. Eficácia na frente do gol. No segundo tempo, diante do revés parcial, Dorival chamou\xa0 a cavalaria logo no intervalo. Yuri Alberto, Memphis Depay, Rodrigo Garro e Matheuzinho entraram. As mudanças, em tese, seriam boas: o ataque teria maior dinamismo, enquanto a lateral direita, com um jogador da posição, ganharia ofensiva e defensivamente. Mas o futebol fora do papel é outro. Com a vantagem no placar, o Fortaleza passou a se defender e amarrar mais o jogo. Com isso, o Corinthians não conseguiu acionar seus principais atletas. Além disso, alguns deles não entraram bem, como foram os casos de Garro e Memphis. Parece até difícil de acreditar, mas o Corinthians, mesmo com seu trio em campo, criou menos do que no primeiro tempo. A segunda etapa do Timão foi bem ruim e tudo indicava que a equipe perderia para o Fortaleza, pela primeira vez, dentro da Neo Química Arena. No apagar das luzes, contudo, um nome improvável salvou o Corinthians do revés. Mais acostumado a dar assistências do que a marcar gols, Carrillo, que também entrou no segundo tempo, mostrou oportunismo. O peruano estava no lugar certo, na hora certa, e pegou o rebote do goleiro Vinícius Silvestre para empatar o jogo nos acréscimos. A situação do Corinthians no Brasileirão, contudo, não é nada confortável. O Timão chegou ao quarto jogo consecutivo sem vencer na Série A (uma derrota e três empates), e só venceu um dos últimos nove jogos pela competição. O Alvinegro tem 22 pontos e aparece na 10ª colocação. O time corintiano precisa parar de perder pontos importantes, especialmente dentro de casa. O Corinthians venceu apenas uma das últimas cinco partidas na Arena. Além disso, também necessita se atentar à situação na tabela. Embora tenha sete pontos a mais que o Santos - que abre o Z4 no momento -, algumas equipes da parte de baixo da tabela possuem jogos a menos. O foco do Corinthians, porém, agora é outro - e com razão. O Timão já vira a chave para o decisivo pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A bola rola nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Allianz Parque. O time alvinegro venceu o jogo de ida por 1 a 0 e precisa de apenas um empate para avançar às quartas. Já pelo Brasileiro, o Corinthians retorna aos gramados apenas na próxima segunda-feira (11), quando visita o Juventude às 20h, no Estádio Alfredo Jaconi, pela 19ª rodada.