Em meio à crise política e de falta de credibilidade pelos seguidos escândalos, a CBF está em disputa com um patrocinador e deve perder mais um parceiro. A Unimed Seguros Saúde S.A. entrou com um processo contra a confederação. Nos bastidores, a entidade alega que a empresa de saúde está atrasada com os pagamentos.

Na semana passada, a Proctor & Gamble anunciou que romperia o contrato com a entidade alegando que os problemas enfrentados pela CBF afetava sua imagem – os três últimos presidentes têm prisão decretada pela Justiça dos EUA. A confederação argumenta que há um ano a empresa vinha tentando romper o compromisso por conta do cenário instável da economia.

Agora foi a vez da Unimed entrar com uma execução extrajudicial contra a CBF no final de novembro. O processo está na 2a Vara Cível do Tribunal de Justiça, e a confederação ainda não foi notificada. O blog não conseguiu apurar o motivo para a ação, nem obteve contato com a Unimed.

Oficialmente, a entidade desconhece o processo. Mas, internamente, a confederação argumenta que a empresa de seguros está atrasando o pagamento de parcelas do patrocínio. E a Unimed teria até procurado a CBF para pedir a rescisão do contrato, o que não foi aceito.

Certo é que, com um processo judicial e atrasos de pagamentos, dificilmente a empresa de plano de saúde continuará com a parceria com a CBF. Lembre-se que a Unimed Rio já desistiu do patrocínio ao Fluminense, que durava mais de dez anos, no final de 2014 por problemas financeiros.

O contrato de patrocínio entre a confederação e Unimed foi acertado em junho de 2013 e tinha previsão de duração até 2019. A marca da empresa de saúde já não aparece no site da CBF.

Os patrocínios são a principal fonte de renda da confederação, totalizando R$ 359 milhões em 2014, 70% do total. Sem a Unimed, a confederação ainda acumula 12 parceiros comerciais.