O meio-campista Petros foi improvisado como lateral esquerdo do Corinthians nos jogos contra Portuguesa e Bragantino, em meio a uma maratona de partidas da equipe no Campeonato Paulista. Em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o jogador explicou que aceitou ser deslocado para evitar que jovens atletas, como Malcom, tivessem que atuar fora de posição.

“Eu me prontifiquei porque o Corinthians é muito grande. Com esse rodízio, jamais deixaria que o Malcom, que é canhoto, jogasse na lateral, não é uma zona de conforto para alguém de 18 anos. Como tenho uma base de marcação muito boa e um passe muito bom, me prontifiquei para não prejudicar jogadores jovens”, explicou.

O meio-campista corintiano fez questão de enaltecer o garoto formado na base. “O Malcom tem uma projeção muito grande, um talento enorme.

Pode ser um dos grandes jogadores do Brasil. Mas tem apenas 18 anos, joga no Corinthians, com um salário muito bom. É um pouco complicado, precisa ter paciência e humildade para saber que não está bom, que precisa melhorar para estar em alto nível sempre.

E ele trabalha, se dedica depois do treino, finaliza com a direita e a esquerda. Vai colher frutos aos poucos”.

O Corinthians disputou quatro partidas em oito dias, e Tite se deparou com uma escassez para a lateral esquerda, já que Fábio Santos está entregue ao departamento médico. Mendoza, que já jogou improvisado na posição, também ficou fora da sequência por problemas clínicos. Assim, o treinador tinha apenas Uendel para o setor, e Petros se dispôs a jogar.

“Minha zona de conforto é no meio-campo, que é a minha origem. Ali, tenho uma tranquilidade maior. Jogar na lateral é complicado. Quem joga ali sabe. Mas consegui jogar bem”, declarou.

O volante ainda atuou em sua posição de origem contra Penapolense e Capivariano nesta maratona de partidas. “Foi muito desgastante, joguei todos os quatro jogos dessa semana.

Não fizemos triangulação, penetração e compactação rápida por conta do desgaste natural, mas fizemos um gol contra o Bragantino, fechamos a casinha e, ainda assim, tivemos as principais chances. O mais importante é o propósito, manter o padrão independentemente de quem jogar”, acrescentou, citando o compromisso de domingo, vencido em Bragança Paulista por 1 a 0.

Petros esclareceu que sempre está disposto a entrar em campo, mesmo quando não tem chance em sua posição de origem. “O mais importante é jogar. O mercado exige um atleta que entenda o plano tático do jogo, marque bem e saia com força para o ataque, fazendo gol quando puder. Jogo em qualquer posição no meio-campo, mas já joguei nas duas laterais. Não tenho preferência”, completou.