Mesmo atuando como quem queria empatar durante boa parte do jogo, o Corinthians superou o fraco Danubio no Uruguai. Em partida na qual deixou muito bem encaminhada sua classificação às oitavas de final da Copa Libertadores, a equipe alvinegra venceu por 2 a 1, gols de Guerrero e Felipe.

Com 100% de aproveitamento em três rodadas, os comandados de Tite chegaram aos nove pontos e praticamente eliminaram os uruguaios no Grupo 2. Com três pontos cada, São Paulo e San Lorenzo duelarão pela vice-liderança na noite de quarta-feira, no Morumbi.

No pequeno estádio Luis Franzini – propriedade de outro clube de Montevidéu, o Defensor –, a torcida do Corinthians foi mais barulhenta do que a do Danubio. Mesmo assim, o time pouco fez no primeiro tempo além de reclamar de um pênalti sofrido por Guerrero.

Os visitantes voltaram mal do intervalo, mas cresceram quando um pênalti foi finalmente marcado. Renato Augusto chutou longe, mas a formação preta e branca seguiu no ataque e abriu o placar aos 24 minutos, em cruzamento de Fagner completado por Guerrero. Felipe matou o jogo de cabeça, e Barreto descontou no último lance.

O Corinthians tentará deixar ainda mais perto – e possivelmente sacramentar matematicamente – sua classificação no dia 1º de abril, em Itaquera, em novo duelo com o Danubio. Antes disso, há uma maratona de quatro partidas no Campeonato Paulista.

Pouco futebol

Não surpreendeu o comportamento do Corinthians no primeiro tempo, com um posicionamento cauteloso. A equipe não exercia sua eficiente pressão na saída de bola do Danubio e encontrava dificuldade para trocar passes, com a saída pelos lados sempre parada – com falta, se fosse o caso.

Mesmo preocupado com o posicionamento defensivo, o time preto e branco cedeu chance cometendo erro, logo no início. Após cruzamento de Sosa, Uendel não entrou na área como devia e permitiu que Castro cabeceasse livre. Cássio caiu para defesa segura no canto direito.

Foi basicamente o que fizeram ofensivamente até o intervalo os donos da casa, preocupados em frear o Corinthians. Mas eles conseguiam cumprir sua meta na defesa, aproveitando que Elias errava demais e Renato Augusto demonstrava incomum dificuldade no domínio.

Só Jadson fazia bem o trabalho de articulação – contando com um muito ativo Emerson, caindo da esquerda para a direita e incomodando a defesa. O meio-campista deu ótima cavadinha para Uendel, que encobriu o goleiro, mas viu a bola ser afastada pela defesa uruguaia.

Já aos 38, mesmo dominando mal, Elias conseguiu deixar Guerrero na cara do gol. O peruano, que vinha perdendo uma bola atrás da outra, preferiu dominar a chutar a bola precisa para o gol. Foi puxado pelo ombro por Cristian González e se irritou com a não marcação do pênalti.

Enfim, bolas na rede

O Corinthians voltou sem alterações e mal para a etapa final. Emerson estava livre para se aproximar de Guerrero, mas era o Danubio quem se mantinha no ataque com maior frequência. Até que Elias foi à área, ganhou da marcação e sofreu pênalti. Desta vez, o juiz marcou, mas Renato Augusto chutou por cima, aos 17 minutos.

Renato se abateu, mas os visitantes ficaram no ataque após o erro. Eles tiveram seu prêmio aos 24 minutos, quando Fagner dominou na direita e cruzou bem. Mal até ali, Guerrero se livrou bem da marcação na disputa pelo espaço e bateu de primeira, sem deixar a bola cair. Ela entrou no canto direito.
Logo após o gol, entrou Danilo no lugar de Renato Augusto, substituição que aconteceria mesmo sem a bola na rede. O Danubio partiu ao ataque com maior ímpeto e chegou a assustar, especialmente nos cruzamentos, mas acabou levando o golpe fatal aos 34.

Em falta muito dura sofrida por Guerrero, Jadson colocou a bola na área para Felipe cabecear bem e definir o triunfo alvinegro. Já nos acréscimos, aos 47 minutos, Barreto fez fila, bateu na saída de Cássio e vazou a defesa do Corinthians pela primeira vez em sete partidas.