A parada forçada poderia ajudar alguns clubes brasileiros a ajustar questões visíveis nos primeiros meses do ano e planejar um retorno melhor. Não parece ser o caso do Corinthians.



Nos últimos dias, o presidente Andrés Sánchez resolveu dar entrevistas para todos os veículos possíveis e acionou a sua já tradicional metralhadora. Desta vez, porém, os rivais foram poupados e todos os recados foram para o treinador Tiago Nunes. Primeiro, negou que tenha sondado Mano Menezes. Depois, rebateu o técnico, que declarou ter encontrado o Centro de Inteligência sucateado quando chegou ao clube. "Como trabalhou no Barcelona, achou que aqui estava ruim", ironizou, em conversa com o jornalista Jorge Nicola. No mesmo papo, ainda colocou em xeque os métodos do comandante: "No treinamento, bom; nos resultados, péssimo".

Em entrevista à ESPN Brasil, Andrés ainda falou sobre a dívida do clube, que chegou a R$ 626 milhões, poucos dias depois de afirmar que Neymar não veio para o Corinthians porque pipocou. Com eleições marcadas para novembro, Andrés está pressionado por todos os lados. A eliminação precoce da Libertadores intensificou uma sequência de contestações, iniciada com o retorno mal-sucedido de Fábio Carille. Os cofres combalidos também dificultam a formação de um time que possa bater de frente com as principais forças da atualidade.

Em meio a todo isso, não parece ser uma boa estratégia armar uma guerra fria com Tiago Nunes, que mal completou três meses no cargo antes da paralisação. Quando a bola voltar a rolar, o Corinthians precisa desarmar os campos minados plantados internamente.

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