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Nesta quinta-feira (31), há 41 anos, o Timão perdia o primeiro ídolo de sua história mais que centenária. Centroavante, meia e ponta-esquerda, conhecido pelo país inteiro, Neco caiu facilmente nas graças da torcida, principalmente por sua raça, seu estilo brigão e seus gols mágicos.
Manuel Nunes nasceu no dia 7 de março no ano de 1895. Próximo dos 16 anos, o garoto do Bom Retiro já atuava no recém-fundado Corinthians. Em 1913, apareceu na equipe profissional nas últimas rodadas do Campeonato Paulista, primeiro torneio oficial disputado pelo clube. A primeira partida dele foi contra o Americano-SP, em um empate por 1 a 1 pela segunda rodada do torneio.
Em 1914, Neco já balançava as redes pela equipe alvinegra. Em partida contra o Lusitano-SP, pelo Paulista daquele ano, marcou três gols. Naquele ano, a equipe conquistou o primeiro dos 29 títulos do Campeonato Paulista, quando o antigo ídolo foi o artilheiro, com 12 gols.
Em 1915, o Corinthians ausentou-se de competições oficiais e Neco deixou, por pouco tempo, o clube. O retorno do ídolo em 1916 ajudaria a levar o Timão, novamente, ao título de campeão estadual.
Atuando pelo clube alvinegro durante 17 anos, entre 1913 e 1930, Neco é o jogador que atuou por mais tempo e o quarto maior goleador da história do clube. Foram 296 jogos e 228 gols, além dos nove títulos paulistas (um deles como técnico do Timão, em 1937). O centroavante também atuou na Seleção Paulista e Brasileira, na qual conquistou dois Sul-Americanos (1919 e 1922).
Faleceu no dia 31 de maio do ano de 1977, aos 82 anos, no mesmo ano em que o Corinthians derrotou a Ponte Preta em uma partida histórica e encerrou o jejum de 23 anos sem a conquista do campeonato que marcou a gigante carreira de Neco.