O Botafogo venceu o Corinthians, por 1 a 0, na Arena da Amazônia, com gol de Wallyson, aos 28 do primeiro tempo. Mas a atuação do árbitro André Luiz de Freitas Castro também chamou atenção na partida. Um pênalti foi marcado aos 26 do primeiro tempo, quando Gabriel, do time carioca, fez jogada pelo lado direito e cruzou a bola para área, sendo interceptado por Fábio Santos, que utilizou o braço.

Raphael Rezende viu movimento intencional do jogador corintiano e concordou com a marcação do juiz. Já o narrador Milton Leite discordou

- Esse lance eu acho diferente dos que a gente viu nos últimos jogos. O Fábio Santos só levanta do lado que interessa, o que corta a bola. O outro braço fica abaixado. Pra mim, o movimento dele é intencional. O meu pensamento é que pelo instinto, se fosse natural, eu ia levantar os dois braços, talvez. Ele levanta o que vai cortar a bola.

Então ele bate com a mão na bola e por isso o pênalti foi bem marcado - disse Raphael.


Fábio Santos levanta o braço, toca na bola e árbitro marca pênalti


O narrador Milton Leite não apenas discordou, como também fez uma leitura crítica sobre a atuação dos árbitros brasileiros em lances que a bola bate na mão do defensor dentro da área. Milton afirmou que em 90% das ocasiões, não marcaria o pênalti.

- Eu não marcaria esse, como não marcaria 90% dos pênaltis no Brasil com essa coisa de bola na mão. Acho muito pouco provável que um jogador nessa distância do cruzamento tenha reflexo para colocar a mão na bola.

A distância é curta e o chute muito forte. Tanto que bate nele e vai lá na linha de fundo. Mas enfim, a regra mudou e o jogador agora vai ter que se acostumar a dobrar o braço para trás - afirmou.

No programa também foram mostrados dois lances de simulação que o árbitro agiu com critérios diferentes. No primeiro, aos 21 do primeiro tempo, Yuri Mamute, do Botafogo, cai na área e recebe cartão amarelo. Na sequência, Ángel Romero, do Corinthians, divide a bola, cai no chão e o juiz não mostra nenhum cartão.

Outra questão discutida no "Troca de Passes" foi a expulsão de Bolatti, que parou uma jogada após Petros tocar a bola entre as pernas do atleta botafoguense, aos 26 do segundo tempo. Para André Loffredo, a falta não foi para cartão, fazendo com que o vermelho fosse exagerado.

O comentarista também lembrou da reclamação corintiana por conta do excessivo tempo em que o jogo ficou parado para atendimento médico dos atletas da equipe carioca.

O segundo tempo teve cinco minutos de acréscimos, e o técnico Mano Menezes afirmou, após a partida, que não serviu para compensar.

No próximo domingo, o Corinthians visita o Internacional, no Beira-Rio, às 16h. Já o Botafogo recebe o Sport, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda-RJ, também no domingo, às 18h30.