O técnico Mano Menezes comemorou o fato de ter terminado um jogo sem estar revoltado com a arbitragem. O Corinthians vinha de duas partidas nas quais foi claramente prejudicado, e, desta vez, na vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo, as queixas partiram do outro lado.

“É bom ver os outros chorarem um pouquinho também. A gente já chorou bastante neste ano. Opinião a gente respeita. Sempre peço que respeitem a minha e tenho que respeitar a dos outros, embora eu não tenha visto nenhum lance assim ainda. Mas é assim. Erram e acertam. Às vezes, a favor. Às vezes, contra”, afirmou.

Pouco depois, Muricy Ramalho se sentou na mesma cadeira na sala de conferências do estádio de Itaquera. O técnico do São Paulo foi informado sobre a declaração de Mano, mas sem o detalhe de que ela era relativa à arbitragem, não propriamente uma chacota pelo triunfo.

Ele não gostou. “Acho que não é legal isso. Perder o jogo não é fácil, é difícil. Esse tipo de gozação não cabe entre nós que somos comandantes. Temos que respeitar o outro time. Mas cada um é cada um”, respondeu o treinador tricolor, que elogiou o caráter do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, criticando apenas um de seus assistentes.

Mano Menezes, apesar da vitória e da satisfação com o choro alheio, permitiu-se reclamar da falta apitada em um dos gols do São Paulo – provavelmente, referia-se a do segundo, atribuída a Bruno Henrique. Algo normal dentro da partida, segundo o técnico gaúcho.

. “Em relação a contingências do jogo, ele foi apitado igual para os dois lados. Algumas faltas, na minha visão, não foram. Em uma delas, saiu gol, houve uma diferença de interpretação do que ele estava aplicando. São detalhes. Foi um grande jogo, não só porque o placar traduza grandeza. Foi jogado com emoção”, concluiu o comandante do Corinthians.