Se a década de 60 foi sofrida para o torcedor corinthiano, a década de 70 ficou marcada pela redenção e pela incrível força da Fiel Torcida. A seca de títulos durou até o ano de 1977, mas foi um ano antes que aconteceu um dos maiores acontecimentos, não somente da história do clube, como também da história do futebol: a chamada “Invasão Corinthiana”.

Em 05 de dezembro de 1976, cerca de 70 mil torcedores alvinegros foram até o Rio de Janeiro e dividiram as arquibancadas do Maracanã com a torcida do Fluminense para apoiar o Timão no jogo único da semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano. E deu certo! Com um empate no tempo normal, a decisão foi levada aos pênaltis e o Corinthians garantiu a vaga em sua primeira final de Brasileirão. Mesmo com a vaga na decisão, a seca continuou e o Timão completou 22 anos sem títulos de expressão.

A infelicidade de 1976 se tornaria festa um ano depois, afinal, o jejum tinha data marcada para acabar. No dia 13 de outubro de 1977, o Timão bateu a Ponte-Preta no terceiro jogo da final do Campeonato Paulista. Após vencer o primeiro jogo das finais, o Corinthians foi para o segundo jogo com a mão na taça.

Com mais de 140 mil pessoas no Morumbi, o Timão acabou perdendo o jogo, o que forçou a disputa de uma terceira partida. Enfim, naquela noite de quinta-feira, graças ao gol de Basílio, o “Pé de Anjo”, o torcedor do Corinthians finalmente pode soltar seu grito de redenção! O Corinthians era campeão depois de 22 anos, oito meses e sete dias de espera.

Depois de encerrar o jejum, o Alvinegro conquistou mais um título Paulista em 1979, de novo em cima da Ponte Preta. O 17º título Paulista do maior campeão da história do torneio serviu para consagrar uma nova geração de ídolos liderada pelo nosso eterno Doutor Sócrates. O time comandado pelo técnico Jorge Vieira, contava com outros ídolos que compunham o elenco campeão como Biro-Biro, Palhinha e Wladimir, jogador que mais atuou com o manto alvinegro, em 805 jogos.