O Corinthians decidiu encerrar o contrato vigente com a Indigo, empresa responsável por gerir o estacionamento da Neo Química Arena desde 2018. A diretoria interina do clube, presidida por Osmar Stabile, está disposta a pagar a multa rescisória e a colocar uma nova empresa no local para assumir a operação, com novos métodos, serviços e, principalmente, com um novo contrato de obrigações e repasses financeiros. Até a semana que vem, todo este processo deve ser finalizado. O atual contrato com a Indigo tem validade até maio de 2028. A multa, como apurou com exclusividade a Gazeta Esportiva , é decrescente e, atualmente, se encontra no valor de R$ 11.022.509,45. A quantia original da rescisão, de maneira isolada, gira em torno de R$ 9 milhões. No entanto, esse montante sofreu o acréscimo de despesas provocadas pelas últimas gestões do Corinthians. O vínculo do clube com a Indigo estabelece que a diretoria do clube tem direito a 250 vagas fixas no estacionamento da Neo Química Arena, livres de custo. No entanto, o clube assume uma despesa por cada vaga extra utilizada. Ao todo, o espaço comporta 2.800 veículos. (Foto: Jose Manoel Idalgo/Corinthians)
Durante os dois últimos anos do mandato de Duilio Monteiro Alves, o Corinthians utilizou, aproximadamente, R$ 580 mil em vagas adicionais - R$ 188.814,40 em 2022 e R$ 391.667,80 em 2023. Já durante gestão Augusto Melo, foram R$ 942.936,00 em 2024 e R$ 404.832,00 até afastamento dele neste ano, ou seja, maio, totalizando cerca de R$ 1,3 milhão no período de um ano e cinco meses. A multa rescisória, portanto, saltou em cerca de R$ 2 milhões e chegou aos R$ 11 milhões citados acima. Mesmo assim, a diretoria de Osmar Stabile optou por pagar o valor cheio e remodelar a administração do estacionamento da Neo Química Arena.
QUEM ENTRARÁ NO LUGAR? O Corinthians definiu o processo para chegar à decisão de qual empresa deve ser contratada para assumir, de maneira terceirizada, os serviços e parte da receita oriunda do estacionamento. Neste novo cenário, o clube alvinegro voltará a ter o controle das vagas de seu estádio depois de sete anos. O Corinthians abriu uma espécie de "licitação" para que possa avaliar as melhores propostas das empresas interessadas. Ou seja, o clube foi ao mercado e abriu um processo competitivo, livre e de ampla concorrência, onde diversas empresas podem apresentar suas propostas. O Timão já recebeu algumas ofertas, todas elas em envelope fechado. O clube decidirá, ainda, de que maneira vai abrir estes envelopes sob a presença dos representantes de cada empresa para, posteriormente, levar as propostas para apreciação do compliance e do Departamento Jurídico do clube. Apenas depois de todos esses trâmites, a decisão será tomada e o contrato será assinado.
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— Corinthians (@Corinthians) July 28, 2025
Os nomes das empresas interessadas são mantidos em sigilo, mas a Gazeta Esportiva apurou que a própria Indigo já comunicou que pretende fazer uma oferta e participar do processo. A companhia, mesmo diante de novas condições, está disposta a reiniciar a parceria, porém, não receberá qualquer tratamento prioritário, diferenciado ou privilegiado para isso. Nesta espécie de "licitação", o Corinthians estipulou condições mínimas para levar qualquer proposta em consideração. O clube pretende receber, no mínimo, R$ 20 milhões pelo período de 10 anos. Além disso, o Corinthians exige, pelo menos, 30% do faturamento que a empresa contratada obtiver. Para isso, o Timão está elaborando um sistema de controle do faturamento da companhia que ficar responsável pela operação, justamente para averiguar, atentamente, quanto e como a empresa vai arrecadar periodicamente. O Corinthians, por fim, também requisita vagas fixas em jogos e eventos do clube na Arena, além de uma participação em outras cerimônias que a Neo Química Arena recebe, como apresentações musicais, que ocorrem exclusivamente no estacionamento em alguns casos.
ENTENDA O CONTRATO COM A INDIGO O Corinthians fechou contrato com a Indigo pela administração do estacionamento da Neo Química Arena em maio de 2018, na gestão de Andrés Sanchez. À época, o Timão recebeu R$ 11,4 milhões pelo acordo. Desta quantia, R$ 2,5 milhões foram destinados a Omni, antiga operadora do local, e R$ 8,9 milhões ao Fundo da Arena, pagos em duas parcelas. O vínculo determina que a empresa não pode ser removida durante um período de 120 meses e que acordo não pode ser desfeito por justa causa sob nenhuma hipótese. O contrato só atenderia a possibilidade de ser rescindido 10 anos depois da vigência inicial, caso houvesse prorrogação automática, desde que o Corinthians formalizasse um aviso prévio 30 dias. Além disso, a Indigo ficou isenta do pagamento de aluguel sempre que o faturamento líquido anual fosse igual ou inferior a R$ 4,8 milhões, valor este que foi reajustado com o passar dos anos. Com isso, mesmo utilizando um patrimônio do clube, a empresa nunca pagou qualquer mensalidade ao Corinthians. O contrato virou alvo de críticas de torcedores e do presidente afastado Augusto Melo, que inclusive prometeu investigá-lo por meio da auditoria feita pela Ernst & Young, umas das maiores empresas do mundo no ramo, contratada no início de sua gestão para "passar o Corinthians a limpo". O resultado das apurações, no entanto, nunca foi oficialmente divulgado. Como publicou a Gazeta Esportiva em meados de março deste ano, todas as informações encontradas foram apresentadas à diretoria do clube , que à época decidiu não pagar pelo serviço da E&Y e, consequentemente, por força contratual, não recebeu as cópias dos relatórios de cada contrato averiguado, o que incluiria o parecer da empresa.



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