O zagueiro do Londrina Wallace Reis, que estava no elenco do Corinthians campeão do Mundial de Clubes em 2012, falou com exclusividade com o Lance! e apontou o desgaste como o principal fator para o jejum de títulos mundiais dos clubes brasileiros. Wallace Reis chegou ao Corinthians em 2011 e pelo Timão fez 57 jogos, marcou um gol, foi campeão brasileiro, da Libertadores e do Mundial de Clubes. O jogador também teve passagem de destaque no Flamengo, onde ficou por quatro temporadas e venceu Copa do Brasil e Campeonato Carioca. Além disso, o zagueiro revelado pelo Vitória ainda teve passagens por Grêmio, Gotzepe (TUR) e Brusque.

Ao ser questionado sobre as derrotas dos brasileiros em finais de Mundial, Wallace apontou: "O primeiro fato é que você chega com os atletas do Brasil extenuados. Você vai em fim de temporada e o time da Europa está no meio de temporada. Então, quando eles estão em uma ascendente, aqui a gente já está na descendente. Todo mundo falou, por exemplo, do Manchester City contra o time do Fluminense, que foi 4 x 0, mas o Fluminense, com o time de muitos meninos criados nas categorias de base, contra um Manchester City que tem a possibilidade de contratar o que existe de melhor no mundo, do país que ele quiser. Então, é até uma cobrança injusta."
Ele também mencionou a final em 2023 e exaltou a partida do Fluminense: “O Fluminense foi até muito consistente no que tinha que fazer, acreditando na sua ideia de jogo, competindo de igual para igual e colocando o Manchester City até com a "bunda" na parede em certos momentos diante daquilo que o Diniz acreditava de jogo.”
Sobre a derrota do Flamengo para o Liverpool em 2019, Wallace comentou: “O Flamengo fez um jogo equilibrado, mas já vinha com o desgaste físico, emocional, porque vinha de uma sequência de títulos absurda e isso demanda muito estresse, porque cada jogo que você está para ser campeão, como o Flamengo foi naquele período lá e ganhando tanto, te gera muito desgaste. E esse é um ponto importante a se falar, que você pega uma equipe em final de temporada e a outra em meio de temporada, um nível desgaste absurdo, uma já em descendente e outra na ascendente.”