O empate com a Portuguesa no último sábado evidenciou problemas que não são novos no Corinthians , especialmente quando se trata da equipe "B". O técnico Ramón Díaz preservou os titulares pensando no jogo de quarta-feira, contra a Universidad Central-VEN.

Com o meio-campo modificado, o Timão mostrou novamente uma grande dificuldade de trabalhar a posse com qualidade. Alex Santana, Ryan e Charles pouco agregam com a bola nos pés e mostram menos desenvoltura em relação aos titulares.

É um meio físico, de "pegada", mas que pouco faz o jogo fluir. Igor Coronado é o atleta mais técnico desta região do campo, mas precisa ser mais consistente durante os 90 minutos. A oscilação técnica e a pouca sustentação física do camisa 77 se tornam, por vezes, um problema. Mudando o foco, a defesa também foi um ponto negativo diante da Lusa.

Félix Torres e Cacá mostraram insegurança sem e com a bola, e o sistema como um todo não fluiu. O time se mostrou espaçado, especialmente na região entre a linha de defesa e a de meio-campo. Resultado: a Portuguesa teve campo para explorar e espaço para pensar seu jogo ou arrematar de média distância. Segundo o Sofascore , o Corinthians sofreu 21 finalizações durante os 90 minutos no Pacaembu.
É preciso registrar a melhora do Corinthians na etapa final. O time voltou bem do intervalo e conseguiu a virada, muito a partir da individualidade de Talles Magno. Se tivesse mais capricho, a equipe até poderia ter feito pelo menos mais um gol e garantido o resultado positivo.

Mesmo com a ponderação feita, o saldo é negativo. O Corinthians inegavelmente melhorou seu elenco com a segunda janela de transferências de 2024, mas ainda existem lacunas. O Timão tem um grupo titular inegavelmente forte, mas os substitutos, apesar dos resultados positivos em 2025, não conseguem manter o ritmo. A situação não é alarmante, longe disso. O momento do Corinthians é ótimo e o trabalho da comissão técnica merece ser destacado. Mas o empate com a Portuguesa reforçou que o elenco corintiano não é homogêneo. E mais: coletivamente, a equipe pode e deve evoluir, especialmente no que tange o sistema defensivo.