A contratação de Yuri Alberto pelo Corinthians está na mira do Internacional. O clube de Porto Alegre se movimenta para embolsar um valor previsto na negociação pela venda do atacante ao Zenit (RUS), em janeiro de 2022. A informação foi revelada pelo jornalista Leonardo Meneghetti e confirmada pela reportagem da ESPN.



Nesta transferência entre colorados e russos, concretizada por 25 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões, à época), o Inter acertou a manutenção de 10% do valor de uma futura transferência do atacante por parte dos russos.

O imbróglio, no entanto, nasce justamente nesse ponto.

O Corinthians montou uma operação envolvendo cinco jogadores para conseguir manter Yuri Alberto, segundo apurou a ESPN à época. O clube ficou com 50% dos direitos econômicos do centroavante de 21 anos, enquanto a outra metade seguirá com os russos.

A questão, contudo, é que a equipe do Parque São Jorge avançou no acerto com o Zenit sem tirar um centavo de seus cofres e concretizou a negociação envolvendo outros cinco atletas: o goleiro Ivan, o zagueiro Robert Renan, o meio-campista Du Queiroz e os atacantes Mantuan e Pedro.

No entendimento do Internacional, no entanto, a quantia a ser repassada ao clube deverá ser calculada com base no valor de mercado dos jogadores envolvidos. Os gaúchos trabalham com um valor de 30 milhões de euros no total (R$ 169 milhões), que o faria a ter direito a 10% (3 milhões de euros, algo em torno de R$ 16,9 milhões).

A ESPN apurou ainda que essa cláusula contratual previa que o Colorado recebesse os mesmos 10% ainda que a saída de Yuri Alberto do Zenit acontecesse através de uma troca, como aconteceu entre Corinthians e Zenit. No entanto, o valor que o Inter diz ter direito não foi repassado.

A ESPN apurou que postura do clube de Porto Alegre é tratar de forma amigável com Zenit e Corinthians para que aconteça o repasse do dinheiro. A expectativa colorada é de que as partes tentem chegar a um número final sobre a quantia total da operação.

Mas quem deveria pagar ao Internacional?

O primeiro passo do Internacional foi notificar o Corinthians sobre o repasse. O clube paulista, contudo, entende que não seria ele o responsável pelo pagamento. O departamento jurídico do Colorado, com isso, deve entrar em contato com o Zenit. Em caso de negativa por parte dos russos, um novo passo será dado.

A ESPN apurou que o clube gaúcho deve preparar dossiê com provas sobre a transferência e levar o caso às vias judiciais.

Veja abaixo o que a ESPN apurou sobre o acordo entre Corinthians e Zenit por Yuri Alberto.

Robert Renan: o zagueiro trocou o Brasil pela Rússia de forma imediata, e o Corinthians abriu mão dos 55% que detinha do jogador. O clube não mantém nada para uma futura venda.

Du Queiroz: jogador, que foi titular na maior parte da temporada 2022, só se transfere no meio do ano. Zenit adquire os 90% dos direitos econômicos que pertenciam ao Corinthians, que fica sem nada – os outros 10% são do próprio volante.

Ivan: goleiro foi emprestado ao Zenit quando o Corinthians acertou a vinda de Yuri Alberto em 2022. No acerto para adquirir os 50% do atacante, brasileiros anteciparam o retorno do atleta para negociá-lo com o Vasco.

Mantuan: atacante fica até junho no Zenit, que quer ficar com uma porcentagem de uma venda futura dele. O Corinthians não definiu essa fatia com os russos, deixando a possibilidade em aberto. Caso Mantuan receba uma proposta antes do retorno ao Brasil, os clubes conversarão para acertar a divisão. Já caso o Zenit queira comprar, o valor também não está fechado, mas o Corinthians trabalha para receber algo na casa de 10 milhões de euros (R$ 55 milhões aproximadamente). O clube tem 90% de seus direitos econômicos.



Pedro: jovem de apenas 17 anos é visto como uma das maiores promessas da base alvinegra. Corinthians não repassou nada do jogador ao Zenit, mas acertou uma preferência de compra com os russos. Na prática, qualquer proposta que o Corinthians receba e avalie como boa por Pedro no futuro precisa ser avisada ao Zenit, para que a equipe russa tenha possibilidade de cobrir primeiro. Não há qualquer obrigação nisso.



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