O meia segue como reserva da reserva. Recusou ir para o Santos, Cuiabá, Sport e Bahia. Não aceita rescisão. Muito menos diminuir salário de R$ 800 mil. Acertado até o final de 2023. Desvalorização chega perto dos 70%


Um jogador adquirido por 6,5 milhões de euros, atuais R$ 33,1 milhões.

E que vale 2 milhões de euros, cerca de R$ 10,2 milhões.

Avaliação feita pelo isento e respeitado site especializado em transferências de jogadores, o Transfermarkt.

O pior é que esse atleta tem contrato até o final de 2023.

Não aceita diminuir seu salário para jogar em clube algum.

Principalmente os clubes que foram os interessados em 2022.

Santos, Cuiabá, Sport e Bahia até queriam tentar resgatar seu futebol.


O Corinthians aceitava cedê-lo por empréstimo de graça.

Os clubes teriam apenas de pagar seu salário.

Disseram 'não'.

E ele também não aceita simplesmente rescindir com o clube paulista, já que se tornou reserva do reserva.

Não.

A não ser que receba até o último real que tem direito até dezembro de 2022.

São pelo menos mais R$ 24 milhões que entrarão na sua conta bancária.

Esta é a crua realidade de Luan.

Tiago Nunes, Coelho, Vagner Mancini, Sylvinho e, agora, Vítor Pereira.

Todos os treinadores que comandaram o Corinthians tiveram a mesma reação em relação a Luan. Tinham a certeza que iriam resgatar seu futebol, que o fez ser escolhido pela imprensa sul-americana, em 2017, como o Rei da América. Foi o principal responsável pela conquista da Libertadores pelo Grêmio.

Mas um a um desses técnicos foram pelo mesmo caminho. Perderam o entusiasmo ao encontrar um jogador lento, desmotivado, sem o mínimo de vibração, sendo anulado facilmente por garotos da base nos treinamentos.

Logo foram virando as costas para o meia-atacante.

São muitas as teses no Parque São Jorge. Que vão da acomodação com o contrato longo e muito alto, contusão, até a depressão. A verdade é que ele não consegue sequer ser uma sombra do talentoso jogador do Grêmio.

“O Luan quem contratou foi o Duilio (Monteiro Alves, presidente, que na época, era diretor de futebol), mas eu assinei. Não me arrependo. O Luan está trabalhando muito."

"São coisas que acontecem com um atleta de futebol, que é um ser humano. Ele não pode ter desaprendido a jogar bola. Mil razões podem estar acontecendo. Mas se dedica demais, uma hora a bola vai entrar e ele vai começar a jogar", disse Andrés Sanchez, ex-presidente. Em fevereiro. Desde lá, sua situação no Parque São Jorge só piorou.

Sanchez também foi o responsável pela contratação 'lapidar' de Defederico. Fez o Corinthians gastar 6 milhões de dólares em 2009, no "Novo Messi", como foi apresentado no Parque São Jorge.

Foi comprado do Huracán, da Argentina.

Ele também foi um fracasso. Não aceitou a rescisão. Foi sendo emprestado, pelo menos, até o seu vínculo de cinco anos acabar.

"Quem me arrependo de ter liberado para contratar, porque todos são indicados pelo técnico e pelo Cifut, foi o Defederico. Tomou 5 milhões de dólares do Corinthians. Mas o treinador pediu, e era o Carille e o Mano, que também quis. Foi pro baralho, jogatina, viu que no Brasil tem mulata e também tem loira… Se empolgou no Brasil. Defederico se perdeu", disse o dirigente.

Na prática, Luan, se ficar até dezembro de 2023, recebendo seu salário que combinou, de R$ 800 mil, custará perto do dobro de Defederico.

E não há nada que a direção do Corinthians possa fazer.

Foi ela quem escolheu comprar o jogador do Grêmio.

E definiu seu salário.

Combinou, tem de pagar.

Ele atuou apenas 78 partidas desde que chegou. Fez nove gols.

Em 2022, entrou apenas três vezes em campo.

Foi para a reserva para não voltar.

Luan se limita a treinar.

Assistir aos jogos do banco de reservas.

Se calar.

E receber.

Em quatro anos de compromisso, o Corinthians comprometeu R$ 38,4 milhões em salários com Luan. Fora os R$ 33,1 milhões que pagou ao Grêmio.

Serão, pelo menos, R$ 71,5 mihões.

Defederico ficou muito para trás...