12/1/2022 18:47

Corinthians negocia com a Caixa mais um ano de carência no pagamento da Arena

Presidente Duílio Monteiro Alves explica por que contrato com o banco ainda não foi assinado

Corinthians negocia com a Caixa mais um ano de carência no pagamento da Arena
O Corinthians negocia com a Caixa Econômica Federal a ampliação na carência do pagamento do financiamento da Neo Química Arena. Em 2020, as partes alinharam acordo em que o Timão se comprometia a voltar a quitar as parcelas a partir do fim de 2022. Agora, a ideia do clube é que isso só ocorra no ano que vem.

Tal informação foi confirmada pelo presidente corintiano, Duilio Monteiro Alves, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira.



– Está acabando o período inicial da carência, mas o Corinthians também não teve que pagar. Estamos em uma discussão amigável, não tem nada na Justiça. Estamos tendo um tempo que não é ruim para nós hoje, mas lógico que queremos resolver o mais rápido possível – declarou o dirigente.

O presidente foi questionado por que da demora em formalizar o novo contrato com a Caixa. Desde o fim de 2020 o Timão trata como certa a alteração no modelo de financiamento da obra do estádio, mas tal acordo ainda não assinado.

– Existe o acordo verbal. Eu participei de diversas reuniões com o presidente e o vice-presidente da Caixa. Hoje já existe um documento escrito, um pré-acordo sendo finalizado para que a gente possa apresentar no Conselho Deliberativo. É difícil dar prazo, dependemos de muitas situações, da Caixa e da Odebrecht. Mas, como será o formato, já está feito. Para que seja assinado, porém, depende de várias situações – disse.

– Trabalhamos nisso quase que diariamente desde o início da gestão. A conversa é boa, acordo está definido, sendo colocado no papel, mas dar prazo não consigo. Envolve um dinheiro alto, não é um banco privado, há muitos empecilhos que fazem a coisa ficar mais demorada. A realidade é que está muito bem encaminhado, mas não está no papel – comentou Duilio Monteiro Alves.

No acordo verbal feito em 2020, o banco estatal concordou em oferecer um prazo de pagamento ao Corinthians muito maior do que o anterior, até 2040, quando a Hypera Pharma pagará a última parcela dos naming rights. Inicialmente, o clube teria que quitar o financiamento até 2028.

Ficou combinado que os pagamentos serão feitos em 17 prestações, uma por ano, e não mais mensalmente, como previsto no contrato anterior.

O valor total da dívida do Corinthians com a Caixa é de R$ 569 milhões. Destes, R$ 300 milhões serão abatidos com a receita dos naming rights da Arena ao longo dos próximos 20 anos. Assim, restarão R$ 269 milhões, que terão de ser pagos até 2039.

Em 2019, a Caixa executou na Justiça a dívida do clube. Na época, o banco pedia R$ 537 milhões. Porém, com juros, multas e honorários advocatícios, a cobrança saltou para R$ 650 milhões. Após negociações, a empresa estatal concordou em reduzir a pedida em R$ 81 milhões.

Apesar de o valor da dívida ser de R$ 569 milhões, o total a ser pago pelo Corinthians será maior. Isso porque as parcelas serão reajustadas anualmente em 3,4% e corrigidas pela TJLP (taxa de juros de longo prazo), que atualmente é de 6,08% ao ano.

Vale lembrar que o empréstimo contraído pelo Timão em 2013 foi de R$ 400 milhões.

Porém, o valor máximo das parcelas anuais não pode exceder R$ 38 milhões.

Além do prazo maior e do desconto no valor, o Corinthians festeja o fato de a partir de agora poder ficar com parte das receitas de bilheteria da Arena. Desde 2014, quando ele foi inaugurado, o dinheiro da venda de ingressos e de outras explorações comerciais do estádio iam integralmente para o fundo que administra o estádio.

Tudo o que o clube arrecadar com o estádio acima de R$ 38 milhões irá para o caixa do clube.

Também presente na entrevista coletiva desta quarta-feira, o superintendente de marketing, inovação e comunicação do Corinthians, José Colagrossi, confirmou que a Arena vai receber shows em 2022:



– Não é nem questão de estar no contrato, é decisão do clube. Ainda estamos discutindo as questões de quando, onde e como. Existe possibilidade de ter show dentro da arena ou no estacionamento, que cabem 20 mil pessoas, uma coisa híbrida. Então estamos vendo. Consideramos coisas importantes, como o gramado, um dos melhores das Américas, e o calendário. É fundamental que quando estiver show, o time não vá jogar em outro lugar, mas sim na Neo Química Arena, ao contrário de outros clubes que emprestam o estádio. Tem que ver calendário, localização do show e preservação do gramado – declarou.


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