O zagueiro Léo Santos recebeu apoio interno no Corinthians e deve ser mantido entre os titulares diante do Vitória, neste domingo, às 16h (de Brasília), pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, quatro dias depois de falhar na final da Copa do Brasil, na derrota por 2 a 1 contra o Cruzeiro.

Nas redes sociais, o garoto recebeu críticas de torcedores do Corinthians pela decisão errada que tomou quando o jogo contra o Cruzeiro ainda estava 0 a 0. Após uma bola virada por Ángel Romero, o corintiano se atrapalhou no domínio e preferiu tentar um chapéu em Rafinha a deixar a bola sair pela linha lateral. O lance em questão acabou no primeiro gol cruzeirense, marcado pelo meia Robinho.

Conhecido por sua qualidade técnica e pelo excesso de confiança, Léo foi preservado pela comissão técnica após a decisão – sendo, inclusive, blindado de entrevistas. Ainda na quarta-feira, o técnico Jair Ventura protegeu o atleta publicamente.

– É um grande atleta, um jogador jovem, mas hoje os veteranos também cometem erros. Toda a responsabilidade de erro individual é minha, sou eu que escalo. Pode botar na minha conta.
Cria da base e com sete anos de Corinthians – chegou no futsal do clube aos 12 anos –, Léo Santos é sempre elogiado internamente pela diretoria. Ele foi titular nos últimos 12 jogos.

No ano passado, o clube travou batalha para renovar seu contrato, atualmente válido até setembro de 2020. Antigo representante do jogador, Mino Raiola tentou antecipar a saída dele do Timão, o que fez com que o garoto trocasse de empresário – hoje, trabalha com Giuliano Bertolucci.

Capitão da equipe, o goleiro Cássio disse acreditar que o episódio servirá de aprendizado para Léo. Ele, porém, faz questão de tirar das costas do garoto um peso maior pelo vice-campeonato.

– Quando a gente perdeu, perdeu todo mundo. Não adianta falar que ele devia ter feito outra coisa, o jogo é rápido. Se nós perdemos, perdemos todos. Para todos os jovens: quando tem coisa positiva, tem de tirar coisas boas e ruins. Na negativa também. Aconteceu comigo quando era mais novo. É seguir trabalhando, faz parte da carreira do jogador. Tivemos um erro coletivo nos gols também, não vejo um culpado ou outro. Todos nós somos culpados por não ter ganhado o título.