É hoje. Às 21h45, começa a segunda partida da final da Copa do Brasil. De um lado, o Corinthians, que superou o favoritismo do Flamengo para chegar à decisão, mas agora precisa lidar também com o risco, ainda que pequeno e improvável, de um rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Do outro, um Cruzeiro que desde janeiro parecia destinado a grandes títulos, mas que tem na Copa do Brasil sua última chance para a temporada. Orbitando no Brasileirão sem interesse ou objetivo, ainda vê cicatrizar as feridas da doída eliminação na Copa Libertadores. No jogo de ida, o que se viu no Mineirão foi um Corinthians inexistente na criação e um Cruzeiro pouco ousado e que desperdiçou a chance de sacramentar a conquista nos primeiros 90 minutos. O Timão tentou repetir a estratégia da partida contra o Flamengo no Maracanã, mas não conseguiu evitar a derrota, ainda que pelo placar mínimo. Na Arena Corinthians, a vantagem da Raposa é insuficiente para cravar um prognóstico. E a preleção feita em treino aberto ontem pela torcida alvinegra é um aditivo que equilibra ainda mais a final. Jair ventura já está no lucro e não poderá ser cobrado por uma eventual perda do título. Mano Menezes, por sua vez, percorre hoje a linha tênue que separa a consagração da corneta infalível das arquibancadas. Dois treinadores que parecem sempre esperar o erro do adversário como o caminho ideal para triunfar. Não é hora mais de julgar os métodos: o que importa agora é quem leva o troféu para casa.