21/2/2018 09:30

Renê Júnior diz que recusou rival para acertar com o Corinthians: "Vim da favela"

Provável titular no Dérbi de sábado, volante mostra identificação com o Timão

Renê Júnior diz que recusou rival para acertar com o Corinthians:
Foto: Daniel Augusto Jr/Ag Corinthians

Com boa atuação diante do RB Brasil na segunda-feira passada, pelo Paulistão, Renê Júnior tem grandes chances de ser mantido pelo técnico Fábio Carille entre os titulares que enfrentam o Palmeiras, sábado, às 17h (de Brasília), em Itaquera.



Será o primeiro clássico do volante de 28 anos pelo Corinthians, clube em que ele poderia ter iniciado sua passagem em 2012 ou em 2015 – após ele usar o CT por oito meses para fazer tratamento de uma lesão na região do púbis.

Depois de duas negociações fracassadas, finalmente conseguiu vestir a camisa do Timão em 2018, após boa temporada pelo Bahia.

– É tudo no tempo de Deus, minha vontade de vir para o Corinthians sempre foi grande, mas só na terceira vez que deu certo. Esse é o lugar em que eu queria estar. No fim de 2017 tive outras propostas, até de rival do Corinthians, mas minha vontade era vestir essa camisa – disse ele, que não revelou se a proposta recusada foi de São Paulo, Palmeiras ou Santos, onde atuou em 2013.

Nascido na favela Roquete Pinto, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, Renê Júnior se mudou com a família muito cedo para a Vila Kennedy, na zona oeste da cidade. Enquanto iniciava o futebol em clubes como Estácio de Sá e Madureira, passava o tempo em bicos feitos em mercearia e até em feiras livres.

– A gente desenrolava (risos) – brincou, ao ser perguntado se o serviço lhe caía bem.

Profissionalizado no Figueirense, rodou por vários clubes do Brasil e um da China (Guangzhou Evergrande) até conseguir chegar ao Corinthians, onde assinou por três temporadas.

– Corinthians é Corinthians, né?! Não tem como, é o maior do Brasil. Acho que por vir da favela, por ser maloqueiro, eu me identifico. Até por ser o time do povo, e eu sou de baixo também. Sei da dificuldade que esse pessoal passa para estar no estádio e para nos acompanhar – destacou.

Veja abaixo mais trechos do papo com Renê Júnior:

GloboEsporte.com: Você começou o ano perdendo alguns treinos e jogos. Já está 100%?
Renê: Vim para o Corinthians lesionado, na Flórida não pude ajudar da forma como eu queria, mas voltei, fiz um trabalho à parte, me preparei, e creio que pude ajudar um pouco o time na segunda-feira, mas sei que posso render muito mais. Tive uma lesão de ligamento colateral no Bahia e infelizmente não consegui zerar. Quando cheguei no Corinthians, conseguimos. Fiz trabalhos de fortalecimento e agora estou em igualdade com os demais atletas.

Contra o RB, você deixou boa impressão por carrinhos e desarmes. Esse é seu estilo?
– Sempre fui um cara de bastante desarme. No Brasileirão de 2017 fui o que mais desarmou, junto com o Jean (ex-Vasco), que está aqui no clube também. Meu futebol sempre foi aguerrido, e creio que no Corinthians ele se enquadra bem. Mas da mesma forma que marco, gosto de jogar. Aos poucos, vou pegando confiança.

Por que você não veio antes para o Corinthians?
– A primeira negociação foi quando saí do Mogi Mirim (2012), antes de ir para a Ponte Preta. Só que na época a primeira opção do Corinthians era o Guilherme Torres (então na Portuguesa). Em 2015, o que faltou foi o meu clube (Guangzhou Evergrande) liberar. Saíram coisas na época que eu pedi salário alto, mas é mentira. O clube não me liberou. Eles não me usavam e nem me liberavam. Eu tinha acabado de operar, fiquei uns quatro meses sem jogar. E o Corinthians foi campeão brasileiro.

Como foi a experiência na China?
– Foi boa, aprendi bastante, principalmente pelos técnicos com quem trabalhei. Marcello Lippi foi o cara que soube reconhecer meu trabalho. Aprendi muito taticamente com ele, a forma de jogar. Hoje sou muito mais maduro do que quando saí do Brasil (em 2014). Com Fabio Cannavaro trabalhei cinco ou seis meses. Era mais tranquilo e reservado que o Lippi, que era intenso.

Aprendeu italiano com eles?
– Não, só a xingar mesmo (risos).

Como foi sua infância?
– Foi sofrida, mas nunca precisei fazer coisas erradas. Minha família nunca deixou faltar nada, mas também não tivemos luxo. Tive que correr atrás, comecei de novo a trabalhar e a jogar futebol. Trabalhei em mercearia, em feira. Sempre com bastante humildade. Casei cedo, com 16 anos. Tive minha primeira filha com 16 para 17 anos. Hoje tenho duas (Rayane e Raynara). Estou com minha esposa há 11 anos. Ela que me ajudou do começo até agora. São meus suportes.

O que espera desse Corinthians x Palmeiras?
– É clássico, jogo de detalhes, um dos maiores do Brasil. Não tive a oportunidade de jogar ainda, mas se tiver vou entrar e dar o meu melhor, como sempre. A gente espera que a rivalidade possa ser só no campo, que não tenha problemas fora, que seja um jogo legal e que a gente possa vencer.


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6579 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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tão cleticando o cara vcs estão com inveja dele ter vindo pro timão
vai Corinthians

só o Corinthians que é da favela? isso é preconceito fi de égua

pq recusou que azar pró timão o loko aceita ainda dá tempo de sumir do timão

VOCÊ QUE ESTÁ CANSADO DE TER POUCA PROGRAMAÇÃO DE TVV ASSSINATURA E NÃO CONCORDA COM OS VALORES COBRADOS
FAÇO LIBERAÇÃO E DIMINUÍMOS O VALOR DA CONTA
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