12/10/2016 09:36

Patrocínio polêmico do Corinthians complica naming rights da arena

Patrocínio polêmico do Corinthians complica naming rights da arena
Com Guilherme Costa

O contrato de patrocínio do Corinthians com a Apollo Sports deve atrapalhar futuras negociações de naming rights da arena do clube. Explica-se: foram incluídos no acordo propriedades que originalmente seriam vendidas junto com a arena como exploração do fiel torcedor, de redes sociais e bancos de dados de torcedores. Como mostrado pelo UOL Esporte, a maior parte do capital da Apollo Sports está ligado ao português Antônio Manuel Baptista de Carvalho Baptista Vieira, investigado na operação Lava-Jato por lavagem de dinheiro.

O contrato de patrocínio com a Apollo pelas costas da camisa corintiana foi assinado em setembro deste ano. A reportagem teve acesso ao documento: seu valor total é de R$ 23 milhões por três anos. É um valor inferior aos R$ 10 milhões por ano divulgados pelo clube.

Mas essa não é a única polêmica. Pelo documento, não é apenas o espaço na camisa que foi negociado. Pela cláusula 3.2, a patrocinada terá direito a oferecer produtos de seus parceiros nas redes sociais do clube, aos programas de sócios torcedores, além de ter acesso à base de dados deles. Até aí seria normal.

A questão é que, em seguida, fica estabelecido que o clube só poderá negociar com patrocinados não conflitantes com os parceiros da patrocinadora. Ou seja, se a Apollo fechar com um banco por exemplo para explorá-lo nas redes, o time alvinegro não poderia teoricamente negociar com outro banco para o mesmo tipo de promoção.

Ora, quando o Corinthians estava negociando os naming rights da Arena Corinthians eram justamente essas propriedades que foram incluídas no pacote para valorizá-lo. A ideia vendida pelo clube e pela empresa era de que o acesso às redes sociais e ao sócio-torcedor do clube tornariam atrativo os direitos sobre o nome. Pois essas propriedades foram negociadas no contrato por apenas R$ 2 milhões por cinco anos, um prazo além dos três anos do espaço na camisa.

Internamente, no Corintihans, já existe uma discussão sobre se esses direitos avançam no que seria negociado junto com os naming rights. O diretor de marketing corintiano, Gustavo Herbetta, nega que isso vá causar qualquer prejuízo na negociação dos direitos do nome da arena.

“Não necessariamente o contrato de naming rights envolve coisas além do nome do estádio. Depende do interesse do patrocinador, na verdade”, disse Herbetta. “Alguém dizer que inviabiliza contratos é leviano ou mal intencionado.” E completou: “Não posso, por questão comercial, vender algo da arena e dar contrapartida do Corinthians. Não poderia vender naming rights e colocar redes sociais do clube. Isso é proibido. Receitas do Corinthians vêm de propriedades do Corinthians.”

Só que o próprio Herbetta admitiu em outro momento que propriedades do Fiel Torcedor, que são receitas do clube, estavam incluídas na negociação do naming rights. O diretor de marketing ainda se defende dizendo que, pelo contrato, o clube tem prioridade para apresentar propostas maiores do que as dos patrocinadores da Apollo na mesma categoria, e o seu novo parceiro ia se sobrepor ao da empresa.

“Na camisa eu não posso, mas se a Apollo negociou com o Café Bom Dia e outra empresa de café me oferecer um valor maior, se o parceiro da Apollo não cobrir a oferta ele cai, predomina o valor financeiro. O Corinthians sempre prevalece no contrato, mesmo que a categoria já tenha um parceiro da Apollo”, contou ele.

Mas essa posição é controversa na leitura do contrato. Na parte que trata da camisa, na cláusula 1.3, está dito que cessa o direito dos patrocinadores da Apollo se o Corinthians apresentar proposta de patrocinador maior. Mas o problema é que esse capítulo só trata da camisa e é contraditório com a cláusula anterior que dá exclusividade aos parceiros da Apollo.

Por isso há discussão dentro do Corinthians sobre se afetará negociações da arena. No momento, as negociações de naming rights estão travadas, sem perspectiva enquanto o clube tem dificuldade de pagar as parcelas da dívida do estádio.

Nova parceira corintiana, a Apollo é uma empresa que formou seu capital de R$ 121 milhões apenas em junho de 2016 por meio de terras em Itanhaém, em São Desidério (Bahia) e por meio de ações do Café Bom Dia. A maioria desses bens tem relação com o português Antônio Manuel que também era sócio da empresa Vector que fechou outro contrato com o Corinthians para negócios financeiros – esse não é mais válido.

Antônio Manuel foi denunciado na Lava-Jato por lavagem de dinheiro, mas o juiz Sergio Moro rejeitou a denúncia e pediu mais provas para transformá-lo em réu. Herbetta faz questão de defender a reputação do português e a origem legal do dinheiro da Apollo.

“Se o Antonio quisesse aparecer, a gente negocia com corpo executivo. Não conheço o dono da Special Dog ou os acionistas da Napster. Eu negocio com os executivos. Agora, se ele quisesse aparecer, qual problema? No Brasil, quem é denunciado é culpado? Eu não entendi até agora a culpa do Corinthians nesse negócio”, disse ele. Procurada, a Apollo não quis se pronunciar.


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