Muitas vezes torcer para um time e ter um filho torcedor de uma equipe rival pode ser motivo de desgosto para o pai. O mesmo vale para o filho, que não pode compartilhar sua paixão com a pessoa que lhe ensinou quase tudo na vida. O torcedor corinthiano Pedro Godoy, em entrevista ao canal oficial do Corinthians no YouTube, falou sobre ter um pai não corinthiano e contou quando os dois decidiram nunca mais assistirem um clássico alvinegro na mesma televisão.

“Meu pai é santista fanático. Em 2002, quando o Corinthians perdeu a final do Campeonato Brasileiro contra o Santos foi uma das maiores tristezas da minha vida. Eu chorando e meu pai do meu lado querendo de toda maneira comemorar, mas ao mesmo tempo tentando me consolar. Desde então a gente decidiu que quando Corinthians e Santos jogam, assistimos o jogo em lugares diferentes”, sorriu o torcedor do Timão.

Corinthiano por influencia do tio, Pedro esteve presente em todos os jogos do Corinthians na Copa Libertadores de 2012, e começava a sonhar com um Mundial de Clubes á medida que o Timão avançava de fase. O problema era conciliar a paixão pelo clube com o trabalho.

“Eu fui contratado na época da semi-final da Libertadores e eu tinha na cabeça “Se o Corinthians for campeão da Libertadores, eu vou pro Japão”. Só que eu tinha acabado de entrar na empresa e não podia tirar férias. Quando eu fui contratado eu avisei que se o Corinthians fosse campeão eu ia ver o mundial e se precisasse perderia o emprego,” explicou Pedro.

Como todo mundo sabe, o Timão bateu o Boca Juniors na final da competição sul-americana e viajou rumo ao Japão para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. Como prometido, Pedro pegou o avião e seguiu o Timão rumo ao Oriente. Com o consenso do chefe, porém, não foi necessário deixar o emprego que tinha começado quando a disputa do mundial era apenas um sonho.

“Chegando no Japão, aquela grande ansiedade, eu e meu irmão e foi inesquecível. Foram 10 dias que a gente curtiu pra caramba o país mesmo indo com o propósito de ver o Corinthians, sem que nada mais importasse. No dia da final, quando entrei no estádio e vi todo mundo de branco e preto, parecia que eu estava no Pacaembu. Depois da primeira defesa do Cássio em cima da linha eu comecei a acreditar e falei pro meu irmão que a gente ia ser campeão. Aí quando saiu o gol do Guerrero foi uma emoção inacreditável!” , descreve o fanático torcedor.

Como toda paixão é difícil de explicar, Pedro é breve quando perguntado sobre o que o Corinthians representa para ele:

“O Corinthians é tudo na verdade. Eu separo minha vida entre Corinthians, meus amigos e minha família.”