Otorcedor que esperava ver um Corinthians mordido diante da fraca Chapecoense para mostrar que a eliminação precoce na Copa Libertadores para o Guaraní (PAR) no meio da semana havia ficado no passado, certamente se decepcionou. O Timão venceu por 1 a 0, se consolidou entre os líderes do Brasileirão, mas nem de longe convenceu.

O torcedor que também esperava ver um Corinthians diferente taticamente no “confronto da redenção”, também não viu. Mesmo com Malcom e Mendoza entre os titulares, Tite manteve o 4-1-4-1. Um 4-1-4-1 mais veloz, é verdade, mas que nem por isso trouxe uma mudança significativa ao time. A equipe não aproveitou ao máximo a velocidade nas duas pontas – nem mesmo quando Sheik entrou, no segundo tempo..

Malcom e Mendoza pouco encostaram em Guerrero, que precisou, assim como nas últimas partidas, sair bastante da área para buscar jogo. Com a distância entre os homens da frente, sobrou para o meio de campo tentar resolver. E foi em uma jogada no meio que o gol alvinegro saiu em Araraquara. Mas o tento não foi de uma meia. Foi de Fábio Santos, que arriscou um chute fora da área, com assistência de Jadson. Um lance para ele (tentar?) lavar a alma depois da expulsão na Libertadores.

A única boa jogada da “nova formação” do Timão só aconteceu aos 15 minutos da etapa final. Graças a erro ridículo na saída de bola do adversário, vale ressaltar. Jadson recebeu um presente no meio, abriu para Mendoza, que, em velocidade, quase jogou a bola na cabeça de Guerrero.

O Corinthians, que no nos primeiros jogos da temporada era (merecidamente) o melhor time do futebol brasileiro, pode render muito mais, para, aí sim, ser o líder do Brasileirão com autoridade. Tem treinador para isso. E também tem elenco. Resta ter outra vez o toque de envolvente no meio, a penetração de Elias, os lances de ultrapassagem nas pontas, o poder de finalização de Guerrero..