O presidente Mario Gobbi está nos últimos dias do seu mandato. Com eleição marcada para o dia 7 de fevereiro, o dirigente vai se despedir do Corinthians com uma notícia ruim para o sucessor: um déficit de cerca de R$ 90 milhões referente ao ano de 2014. Em 2013, o balanço foi de um superávit de R$ 1 milhão.

O demonstrativo financeiro do ano passado vai passar pelos conselhos do clube na próxima semana, alguns dias antes do pleito. Até por isso, a diretoria ainda não comenta o assunto, mas confirma que o prejuízo da última temporada será alto.

No programa Bola da Vez, exibido na última terça-feira, Gobbi não quis cravar nenhum número, mas não negou que o resultado final de 2014 chegaria perto deste montante.

Como todo o dinheiro de arrecadação do novo estádio vai direto para o fundo de administração, para o pagamento das dívidas contraídas para a construção, o alvinegro contabilizou muito pouco com seus torcedores, o que vinha sendo uma importante fonte de receita nos últimos anos.

Um outro fator importante para aumentar o prejuízo de 2014 foi o pagamento dos impostos atrasados das gestões anteriores, de quando Andrés Sanchez estava no cargo. Cerca de R$ 50 milhões foram destinados ao Refis, programa do governo de refinanciamento da dívida fiscal, com redução nos juros mas que exige o quitamento de uma boa parte do total logo no início.

O balanço com todos os detalhes das contas da gestão deve ser publicado até o mês de abril, como vem acontecendo todos os anos. Por conta das eleições, a apresentação pode ser antecipada.

Concorrem para a vaga de Mario Gobbi, Roberto de Andrade, pela situação, e Roque Citadini, pela oposição.