Camisa 10 do Figueirense, Giovanni Augusto foi duas vezes sorteado no domingo. Primeiro pelo destino, para marcar o primeiro gol da história da Arena Corinthians. Depois para o exame antidoping, o que fez com o que ele fosse o último jogador a passar pelos jornalistas para comentar o sentimento de ter saído com a vitória em uma dia histórico para o adversário.

Giovanni se mostrou bastante emocionado e também impressionado pela repercussão. Ainda no vestiário, quando pegou seu telefone celular, não acreditou no número de mensagens e ligações recebidas em função do chute cruzado de pé direito que vazou Cássio aos 2min do segundo tempo.

"Eu vim sonhando, vim desejando isso essa semana...graças a Deus pude jogar água no chopp do Corinthians", sorriu o jogador paraense. "É uma sensação inexplicável. Fiz o gol e entrei para a história. Ainda não caiu a ficha. Quando estava no doping, olhei o celular vi as mensagens, ligações...", disse Giovanni, 24 anos e emprestado pelo Atlético-MG.

Na hora do gol que ficará nos registros como o primeiro na Arena Corinthians em um jogo oficial, Giovanni Augusto correu em direção ao banco de reservas e se atirou no chão. Ele explicou: "estava muito feliz. Pensei em reunir todo o elenco, porque estamos numa batalha muito difícil no dia a dia. Queria partilhar isso com os amigos", afirmou sobre a luta contra o rebaixamento.

Pai de um menino há oito meses, Giovanni diz viver uma nova vida desde então e um ano especial a partir da chegada ao Figueirense em janeiro. Uma de suas inspirações é um amigo de adolescência com quem jogou no Paysandu, em que fez suas categorias de base até a transferência para o Atlético-MG.

"O Ganso é um grande jogador, uma grande pessoa e vivi alguns momentos com ele no Paysandu, torci muito por ele. Hoje em dia, não tenho falado muito com ele, mas sempre que nos encontramos há um carinho muito grande", declarou Giovanni Augusto.