O Corinthians divulgou o balancete de julho de 2025, revelando um déficit acumulado de R$ 103 milhões e aumento da dívida bruta, que atingiu R$ 2,7 bilhões, incluindo o refinanciamento da Neo Química Arena. Do total, R$ 655,3 milhões referem-se ao estádio junto à Caixa Econômica Federal, enquanto o restante engloba impostos, empréstimos e pendências com outros clubes e direitos de imagem de atletas. ???

O resultado operacional, sem considerar despesas financeiras, amortizações e depreciações, registrou um déficit de R$ 3 milhões, mas os juros ultrapassaram R$ 121 milhões, impactando fortemente as finanças. O departamento de futebol apresentou déficit operacional de R$ 37 milhões, embora a venda de atletas tenha gerado um superávit de R$ 13 milhões. Em junho, o setor mostrava lucro de R$ 35,8 milhões, evidenciando queda de R$ 22,8 milhões em apenas um mês.

As receitas do futebol somaram R$ 411,5 milhões, com destaque para direitos de TV (R$ 198,1 milhões) e patrocínios (R$ 102,9 milhões). As despesas, no entanto, atingiram R$ 426 milhões, com o maior gasto concentrado em Pessoal, que inclui salários de jogadores e funcionários, direitos de imagem e encargos trabalhistas, totalizando R$ 256,1 milhões. Devido a isso, o Conselho de Orientação convocou Fabinho Soldado e o ex-diretor financeiro Pedro Silveira para prestar esclarecimentos.

O clube social também enfrenta dificuldades, apresentando déficit de R$ 116,1 milhões até julho. Diante do cenário, a gestão de Osmar Stabile refez as projeções orçamentárias para 2025, prevendo um déficit de R$ 83 milhões, aprovado em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. A projeção anterior, sob Augusto Melo, estimava superávit de R$ 34 milhões, revelando uma discrepância de quase R$ 120 milhões.

O Corinthians segue buscando alternativas para equilibrar suas finanças e garantir estabilidade para o clube nos próximos meses.

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