O Corinthians decidiu dar um passo importante na investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) sobre o uso de cartões corporativos pelas gestões dos últimos três presidentes: Augusto Melo, Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez. ?????

A diretoria planeja enviar todos os documentos requisitados diretamente à Justiça, com pedido de sigilo, evitando que dados bancários e fiscais caiam na imprensa ou na torcida. A decisão ocorre após declarações do promotor Cássio Roberto Conserino, que preocupou a alta cúpula corintiana ao dar entrevista sobre o caso. ?

O presidente Osmar Stabile enfrentou pressões internas para não entregar os documentos, mas optou por colaborar com o MP, garantindo que as informações se restringem aos cartões corporativos do clube, e não a despesas pessoais de ex-presidentes.

O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi aberto em junho e prevê oitivas com Stabile, o vice Armando Mendonça e o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, para esclarecer o funcionamento dos cartões. A investigação agora abrange também Augusto Melo, após depoimentos. Entre os possíveis crimes analisados estão apropriação indébita, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa. ??

O caso ganhou atenção em julho, quando Andrés Sanchez admitiu uso indevido do cartão corporativo em Tibau do Sul no final de seu mandato, ressarcindo o clube posteriormente. Apesar disso, ele ainda enfrenta processo disciplinar na Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians. Torcedores pedem punição e até expulsão de ex-dirigentes, enquanto Duilio nega irregularidades e acionou a polícia sobre documentos falsificados.

Por enquanto, o MP solicitou o afastamento temporário de Andrés, Duilio e Augusto Melo dos Conselhos do clube, mas ainda não houve decisão judicial.