Escândalo dos cartões no Corinthians? MP pressiona diretoria e crise só aumenta

A diretoria do Corinthians está no olho do furacão. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deu prazo de 24 horas para o clube entregar documentos sobre o uso de cartões corporativos nas gestões de Augusto Melo, Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez. Os papéis incluem faturas e relatórios de despesas da presidência entre 2018 e maio de 2025.

Caso o prazo não seja cumprido, o promotor Cássio Roberto Conserino pode pedir abertura de inquérito policial por desobediência.

Mesmo assim, a cúpula alvinegra decidiu que só entregará tudo na segunda-feira, 8 de setembro. O temor é que informações sigilosas vazem para a imprensa e para a torcida. O presidente Osmar Stabile está sob pressão: aliados defendem que só haja entrega se a Justiça obrigar, para evitar riscos legais.

?? O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) começou em junho e já colheu depoimentos de Stabile, do vice Armando Mendonça e de Romeu Tuma Júnior. O MP investiga possíveis crimes como apropriação indébita, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e até associação criminosa.

?? O escândalo ganhou força em julho, quando Andrés Sanchez admitiu ter usado o cartão para gastos pessoais em Tibau do Sul (RN), em 2020. Ele prometeu ressarcir o Corinthians, mas responde a processo na Comissão de Ética do clube. Torcedores pedem punições severas e até expulsão.

Duilio Monteiro Alves também entrou na mira: faturas suspeitas apareceram em seu nome, mas o ex-presidente nega, diz que não reconhece os gastos e até protocolou notícia-crime pedindo investigação.

Agora, o MP quer que Andrés, Duilio e Augusto Melo sejam afastados dos Conselhos do Corinthians. A decisão está nas mãos da Justiça.

?? O caso só aumenta a pressão dentro do Parque São Jorge e expõe feridas antigas da política do clube.