11/6/2024 07:09

Diretor Administrativo Respaldado por Augusto Melo no Corinthians Apesar das Polêmicas.

Diretor Administrativo Respaldado por Augusto Melo no Corinthians Apesar das Polêmicas.

Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians, segue respaldado pelo presidente Augusto Melo, mesmo com as polêmicas recentes envolvendo seu nome. Em entrevista coletiva na última segunda-feira, o mandatário saiu em defesa de seu par, alegando que ele não pode ser julgado sem provas. A reportagem da Gazeta Esportiva apurou que Marcelinho, como é conhecido, pode ser levado ao Conselho Deliberativo em breve sob a suspeita de cometer eventuais atos de improbidade e desonestidade administrativa. "Primeiramente, não existe nada provado. Existe o que vocês falaram, vindo de alguém que saiu daqui. E isso que mais me chateia, chama-se traição. Errei? Errei de colocar certas pessoas aqui dentro, mas estamos colocando de volta na rota. Sempre deixei claro que amigos meus serão do portão do Parque São Jorge para fora. Quem está aqui hoje são os de verdade, competentes, mas não dá para julgar sem provas. É algo que vocês colocaram, uma situação que a polícia está verificando. Nosso compromisso sempre será com o Corinthians. Marcelo Mariano está no clube há muitos anos, é um diretor administrativo competente, passa por todos departamentos, é função dele. Enquanto não se provar nada… Não existiu nenhum requerimento sequer, nenhum", comentou Augusto Melo, quando questionado sobre sua relação com Marcelo, que estava presente na sala de coletiva do CT Joaquim Grava.

Um dos atos que deve ser averiguado pelo Conselho Deliberativo é o caso que está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo, sobre os pagamentos à empresa que supostamente fez a intermediação do contrato do clube com a VaideBet e que supostamente enviou valores a uma empresa fantasma na sequência. Em março, durante uma viagem de Rozallah Santoro, então diretor financeiro, Marcelinho, sem consultar o líder da área, foi ao departamento responsável pela execução dos pagamentos e ordenou que a empresa Rede Social Media Design LTDA, a intermediária do acordo com a VaideBet, recebesse o montante de R$ 1,4 milhão, valor referente a uma nota fiscal de R$ 700 mil e outra de R$ 1,4 milhão, mas que teve o valor considerado pela metade por causa a uma cobrança indevida naquele documento.

Os valores foram pagos pelo clube nos dias 18 e 21 de março, conforme determinou Marcelinho, mesmo sem qualquer autonomia sobre os departamentos financeiro, jurídico e de marketing, os envolvidos nesta operação com a VaideBet. "A justificativa que ele deu foi que a empresa emitiu as notas e a empresa pagou o imposto sobre aquelas notas, então, a empresa precisava receber o dinheiro, pois ela tinha a despesa com o imposto destas notas. Essa foi a justificativa apresentada por ele", relata Armando Mendonça, vice-presidente do Corinthians e advogado.

O argumento de Marcelinho, relatado por Armando, não se equipara com a realidade da empresa receptora dos valores. A Gazeta Esportiva consultou a Receita Federal e obteve o documento que comprova que a empresa não está com os impostos em dia e, por isso, não tem posse da Certidão Negativa de Débito oferecida pelo governo àqueles que ficam em situação adimplente. O pagamento ou não dos impostos das notas citadas, portanto, não causaria diferença, além de não ser de preocupação ou responsabilidade do clube.

Além da situação envolvendo a ex-patrocinadora máster VaideBet, a Gazeta Esportiva apurou que Marcelinho ignorou prestadores de serviço do clube, justamente a área que lhe compete administrativamente. É o caso da empresa Verssat Segurança LTDA, que não recebeu nenhum pagamento em 2024, desde que a gestão Augusto Melo assumiu o poder, mesmo sem deixar de prestar o serviço.

O proprietário, Anderson Dantas, também responde pela empresa de limpeza que exercia trabalho no Parque São Jorge e na Neo Química Arena. "Em maio, eles rescindiram o nosso contrato. Estamos há cinco meses sem receber. Essa gestão nunca me pagou, só recebemos até o fim de 2023. E estamos pagando imposto, benefícios, salários, tudo em dia aos nossos funcionários. Então, isso me deixa numa situação complicada", explica Dantas, em entrevista à Gazeta Esportiva.

O valor devido pelo Corinthians às empresas de limpeza e segurança de Anderson Dantas já superou os R$ 2,6 milhões, sem contar o acréscimo de juros pelos atrasos. Se não resolver esta pendência até o fim do mês de junho, o clube terá a cobrança executada na Justiça.

A reportagem teve acesso a mensagem, e-mail e notificação enviadas pela empresa ao Corinthians a fim de buscar uma solução. Anderson Dantas ofereceu o parcelamento da dívida e até mesmo o uso de um camarote na Neo Química Arena para abatimento do valor em atraso. Em vão. "Entrou a nova gestão e ninguém me procurou. Eu fui lá ver o que estava acontecendo referente aos pagamentos, que não estavam sendo feitos. Dia 11 de abril, falei com o Marcelinho, mas ele me disse que não poderia fazer nada por mim e pela minha empresa. Depois disso, nunca mais tive contato com ninguém", comentou Dantas.

Além de não pagar os últimos cinco meses de serviços prestados pelas empresas de Anderson, o Corinthians elevou as despesas mediante a contratação de novas empresas. Em abril, por exemplo, a nota fiscal emitida pela Verssat, apenas pelo trabalho de segurança, foi de R$ 176.8 mil. A Workserv Serviços Terceirizados, nova empresa contratada pelo clube para o serviço de segurança e que garimpou muitos dos funcionários da Verssat, emitiu uma nota de R$ 353.9 mil pelo trabalho feito no mesmo mês de abril.

A força de Marcelo Mariano nos bastidores do Corinthians é tão perceptível quanto o incômodo que ela causa entre membros da diretoria, que alegam sofrer ingerência com frequência. Já se indispuseram com Marcelinho alguns dos nomes fortes da gestão Augusto Melo, como: Rozallah Santoro, Yun Ki Lee, Rubens Gomes, o Rubão, Vagner Vilaron e Armando Mendonça.

Por outro lado, Marcelinho sempre foi muito próximo e fiel a Sérgio Moura, superintendente de marketing que está licenciado do cargo. Apesar de ser o responsável pelo departamento administrativo, Marcelinho já teve voz ativa em reuniões com a Ernst & Young, inclusive foi crucial para barrar algumas das sugestões da empresa. Ele também foi consultado sobre a precificação dos valores dos ingressos dos jogos, participou de reuniões com a Nike, foi o responsável por comunicar a demissão de Vagner Vilaron, então superintendente de comunicação, e teve participação efetiva junto a VaideBet.

No Linkedin, Marcelo Mariano se diz um profissional autônomo de plástico e um dos administradores da Paxon, empresa paulistana do ramo varejista de equipamentos eletrônicos.



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