15/8/2022 12:33

Polêmico: oito vezes que declarações de VP viraram polêmica no Corinthians

Antes de mencionar conta bancária após derrota no Dérbi, treinador português já havia falado que gostaria de treinar o Liverpool e que não tem varinha mágica

Polêmico: oito vezes que declarações de VP viraram polêmica no Corinthians
Vítor Pereira tem se notabilizado pelo estilo sincerão, sem papas na língua, desde que chegou ao Corinthians. Ao longo de quase seis meses no Brasil, o português coleciona diversas declarações marcantes e polêmicas.



A lista de frases de impacto do treinador cresceu no último sábado, após derrota por 1 a 0 no clássico contra o Palmeiras, quando ele foi indagado se tinha medo de perder o emprego. Com um sorriso debochado no rosto, Vítor Pereira disparou:


– Você deve estar a brincar comigo, cara. Deve estar a brincar comigo com essa pergunta. Eu, nesta fase da minha vida, da minha carreira, ter medo de perder emprego? Sabe quanto dinheiro eu tenho no banco, amigo? Eu tenho a vida estabilizada, não preciso... Estou aqui no Corinthians, se não for no Corinthians é em outro clube qualquer. E quando eu quiser. Isso sobre sair passa ao lado.

O jeito franco de Vítor Pereira não é novidade para quem o conhece há mais tempo. Em Portugal, onde sagrou-se bicampeão nacional com o Porto, o treinador também se acostumou a figurar nas manchetes dos jornais por frases de impacto.

A personalidade forte também foi vista na Arábia Saudita, onde ele discutiu com um assessor de imprensa, e na Turquia, país em que mandou um torcedor que o importunava durante o jogo calar a boca.

"Queria treinar o Liverpool"

A declaração foi dada em maio, ao falar sobre o desejo de Róger Guedes em atuar pelo lado esquerdo do ataque e não centralizado. Dias depois, Vítor Pereira se desculpou pela frase.


– Eu também queria treinar o Liverpool. Se você perguntar para mim, eu ia correndo treinar o Liverpool. Ia correr para a Inglaterra e treinava o Liverpool, com todo respeito ao Corinthians, mas o Liverpool é o Liverpool. Nesta casa, aqui nessa equipe, não é o que nós queremos, mas o que a equipe precisa.

Sabe o que é um Dérbi?

O português não gostou nem um pouco de ouvir de algumas pessoas que ele não sabia a importância de Corinthians x Palmeiras, após derrota por 3 a 0 no clássico do primeiro turno do Brasileirão.

– Aí dizem: "Não sabem o que é um Dérbi." Ele não sabe o que é um Dérbi? Vocês sabem quantos dérbis já joguei na minha vida? Joguei dérbis atrás de dérbis em países em que eles matam, eles nem nos deixam sair. Eu já saí de tanque de guerra de um estádio, do estádio até o aeroporto, na Turquia. Vai me dizer que não sei o que é um dérbi? Não brinquem comigo.

O duelo ao qual Vítor Pereira se referiu foi Trabzonspor x Fenerbahçe, em 2016.

Barriga cheia

Após derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO, no duelo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, o técnico não poupou críticas ao Timão:

– Vi uma equipe lutando em todos os duelos, jogar com a faca na boca, dividindo todos os lances, e vi a minha... Depois, a vitória em Mineiro (Atlético-MG) nos fez mal. Jogamos de barriga cheia. Não lutamos por todas as bolas, chegamos sempre atrasados, eles foram sempre mais rápidos e mais fortes na bola.

"Não tenho varinha mágica"

Vítor Pereira teve dois clássicos em seus três primeiros jogos pelo Corinthians, no Paulistão. Primeiro, foi derrotado pelo São Paulo, no Morumbi. Depois, pelo Palmeiras, no Allianz Parque.

– Fundamentalmente, foram dois clássicos jogados, um com três dias de trabalho e outro com duas semanas, contra um clube que tem dois anos de trabalho. Eles têm dois anos de trabalho, nós, duas semanas. Não é fácil construir um processo de jogo, não faço milagres, não tenho varinha mágica, não sou mágico.

Róger Guedes

O atacante foi tema de várias entrevistas de Vítor Pereira, que em diversos momentos disse não gostar do estilo dele para atuar na ponta esquerda. O português também não escondeu descontentamento com a postura de Guedes sem a bola.

– Minha exigência comigo tem de ser igual a dos meus atletas com eles, para Róger ou qualquer um. Compromisso, entrega, espírito de sacrifício, lutar todos os dias, ser o melhor, claramente dizer para mim que quer jogar, que quer ajudar. Já tive uma, duas, três conversas. Ele é quase um filho, é boa pessoa, bom menino, mas você tem uma, duas, três conversas e não vê alteração nenhuma, depois ele só acredita nas ações. Com meus filhos é igual. Falam que estudam, não estudam, se não vejo resultados, ou mostra ou não mostra. Hoje estou convencido no caso do Róger. Fica a sensação que eu sou o mal por exigir o melhor para o clube, para colocar todos no mesmo nível, para lutar, ser competitivo, eu que sou mal. Isso não posso aceitar. Dizem que não tinha a necessidade de expor, mas chega a altura que precisa expor. Toda vez sou cobrado, como se eu estivesse mal e ele bem.

Pés no chão

Após vitória sobre o Fortaleza, no início de maio, Vítor Pereira pregou cautela:

– Somos o Corinthians, temos alma grande, mas não sejam Dom Quixotes, não pensem que é fazer assim (estalo) e somos melhor do que eles. A camisa tem história grande, um orgulho enorme, mas epa: vamos com os pés na terra e construir o futuro com paciência. Não é hoje estamos bem e amanhã nos matam, porque já está tudo mal. Sejam honestos intelectualmente, é isso que peço, honestidade intelectual.


Sem argumentos

A goleada por 4 a 0 para o Fluminense foi a pior derrota do português pelo Corinthians. Logo depois da partida, ele destacou as dificuldades enfrentadas e as carências do elenco alvinegro:


– No meu ponto de vista, há muitos clubes com mais argumentos em quantidade e qualidade. Se estivermos com todos disponíveis, podemos andar ali. Se tivermos só o Brasileirão e todos disponíveis, podemos disputar. Se tivermos mais de uma competição, com novos jogadores de fora, o Jô que saiu, foram dez, é uma equipe completa. Não temos os argumentos e nem as soluções que tínhamos quando cheguei.



Vítor Pereira comandou o Corinthians em 39 partidas, com 15 vitórias, 12 empates e 12 derrotas, aproveitamento de 48,7%.


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Carlos Stoduto     

Ninguém tá nem aí com sua grana VP e sim com os teus resultados e administração como técnico...

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