Escalado como titular em Internacional x Corinthians, Rafael Ramos se tornou o principal personagem do confronto pelo Brasileirão. Em disputa por espaço com Edenilson, o português foi acusado pelo meia do Colorado de ter cometido o crime de injúria racial dentro das quatro linhas. Por conta disso, ele acabou sendo preso em flagrante e solto após pagamento de R$ 10 mil.



Alegando inocência, Rafael Ramos demonstrou ter ficado abalado com a denúncia. Segundo o jornalista Samir Carvalho, o atleta jurou, no vestiário, que não cometeu o crime contra Edenilson. Diante disso, os demais jogadores do Corinthians acreditaram na versão do companheiro, que indicou não estar mentindo sobre o caso.

“O que me passaram é que o Rafael Ramos chegou extremamente abalado no vestiário do Corinthians. Ele insistiu com os jogadores e deixou claro que não cometeu injúria racial, que falou um palavrão. Ele falou isso diversas vezes, e os jogadores acreditavam e viram muita sinceridade nele. Ele jurou e garante que falou ‘caral…’. O elenco corintiano entendeu que foi isso (engano de Edenilson) e acreditou no Rafael. Não teve essa questão do ‘malaco’, ele não passou (essa versão) no vestiário“, afirmou o jornalista.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o advogado de Rafael Ramos ressaltou a versão do atleta que Edenilson se confundiu com o sotaque apresentado no diálogo. Sendo assim, o camisa 21 do Corinthians se encontra à disposição das autoridades para provar que é inocente, tendo em vista que o meia do Internacional segue descartando que cometeu um equívoco.

“Ele relatou que não chamou o Edenilson de mentiroso, mas que o Edenilson ouviu errado, foi mal interpretado, inclusive por essa questão da língua, do sotaque. Essas questões foram todas esclarecidas à autoridade policial. A autoridade policial colocou as questões e o Rafael, de forma espontânea, disse que “sim”, que ele queria relatar todo o ocorrido. O depoimento dele foi muito claro. Foi na linha do que o delegado relatou do termo que ele comentou. A fiança não é assumir culpa, é uma questão procedimental. O Rafael deu todos os esclarecimentos de que não praticou esse ato. A súmula será um dos elementos que vamos usar para mostrar que o Rafael não cometeu o ato de injúria. Isso eu gostaria de deixar muito claro nesta conversa”, contou Fabiano Cerveira.


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