O Botafogo passou a lidar com a concorrência do Corinthians na tentativa de acerto com o técnico Luís Castro. O português, que já tinha negociação em andamento com os cariocas, também recebeu uma proposta de dois anos de contrato do lado paulista. Ambos os clubes demonstram confiança e esperam uma resposta para breve.
Seja Rio ou São Paulo, tudo indica que Castro terá o próximo destino no Brasil, onde o empresário do técnico já está para resolver a situação. O martelo será batido até a próxima semana. O treinador fez na última terça-feira o que deve ser o último jogo pelo Al Duhail, do Catar. O clube árabe, inclusive, já teria um substituto engatilhado.
O Botafogo se vê na frente porque está em contato com o treinador há mais tempo. O ge noticiou sobre as conversas na última sexta-feira, quando a negociação já era tratada como adiantada. O papo acontece diretamente com o empresário John Textor, provável novo dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube.
O Corinthians é o fato novo na história. O clube busca um treinador após a demissão de Sylvinho. Desde então, já tentou nomes como Jorge Jesus e Vitor Pereira, ambos portugueses. Outros foram oferecidos, mas a diretoria focou esforços em Castro. Para convencer o treinador, a proposta é por um contrato de dois anos.
No Botafogo, o técnico é tratado como o grande líder para a reformulação geral que o novo dono da SAF pretende fazer, de estilo de jogo e patamar do elenco à estrutura para os jogadores. O modelo de Textor é o futebol português. Castro se tornou favorito pelo trabalho nas divisões de base do Porto e pelo contato com brasileiros na passagem pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
Parte dos dirigentes do clube carioca está em São Paulo para finalizar os detalhes do contrato definitivo de venda da SAF a Textor. O americano pretende vir ao Brasil na segunda-feira para assinar o documento. Com isso, vai liberar mais R$ 100 milhões que serão usados, em parte, para pagar reforços e o novo treinador.
*por André Hernan, Bruno Cassucci, Davi Barros, Marcelo Braga, Renata de Medeiros e Thayuan Leiras