Os dois times que reúnem as maiores torcidas do país, Corinthians e Flamengo, se enfrentam hoje (18), às 16h, na Neo Química Arena. Em momentos distintos esportiva e economicamente, as duas potências se equivalem hoje apenas no gigantismo.
Empatado com o líder Atlético-MG em pontos (31), o Fla mira o topo da tabela para manter ainda mais acesa a chama pelo bicampeonato do Brasil. Em campo, apesar das muitas baixas, o técnico Domènec Torrent deve contar com nomes como Bruno Henrique, Filipe Luís e Pedro, símbolos de um clube que se reestruturou financeiramente.
Com três taças já conquistadas no ano, o Rubro-negro está vivo também na batalha pelo tri da Libertadores. Campeões em 2019, os cariocas interromperam um jejum de 38 anos. Com a equação clube forte e time de astros, o Rubro-negro mira a hegemonia financeira e esportiva no continente.
O Corinthians vive realidade mais modesta E tenta fugir da crise com uma vitória hoje. Após quebrar o jejum de cinco jogos sem vencer na competição (vitória por 1 a 0 contra o Athletico-PR) e deixar a zona de rebaixamento, o clube paulista precisa vencer os cariocas para não correr o risco de voltar ao "grupo da degola".
Diferentemente do Fla, o Corinthians vive um ano difícil, com eliminação precoce na pré-Libertadores, diante do Guaraní, do Paraguai, além de ter perdido a final do Campeonato Paulista para o arquirrival Palmeiras nos pênaltis. Vale lembrar que o Alvinegro ficou perto da zona de rebaixamento no Estadual e já amargou a zona do rebaixamento por uma rodada no Brasileirão.
A fase ruim já gerou diversos protestos da torcida, tanto na Neo Química Arena, como no CT Joaquim Grava. Torcedores uniformizados sequer respeitaram o período de pandemia e aglomeram em frente ao CT e estádio com faixas e cânticos de protestos direcionados ao presidente Andrés Sanchez, jogadores e até aos grupos de oposição. Sobrou até para o goleiro Cássio, ídolo do clube paulista.
Com o caixa vazio, o Alvinegro vive dias de vacas magras e fez alguns investimentos que ainda precisam se provar, casos de Otero, Cazares e Luan. Com Vágner Mancini no comando, a ordem é arrumar a casa e espantar o fantasma da queda. Os naming rights amenizaram um pouco o drama econômico, mas o momento não é de sossego. O ano eleitoral apimenta um pouco mais o ambiente do clube, que espera viver dias mais tranquilos, a exemplo do adversário deste domingo.
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