Gerente de futebol do Corinthians, Alessandro Nunes acompanhou Fábio Carille em sua primeira entrevista coletiva como técnico interino do Timão, após o treino desta segunda-feira. O ex-lateral-direito bancou o técnico "hoje" no clube. Mas preferiu não cravar a validade do cargo, como fez o presidente Roberto de Andrade no sábado, ao garanti-lo à frente do clube até dezembro.

Não estou cravando o período do Carille. É profissional do clube há anos, temos total confiança nele e no Fernando Lázaro, junto do observador Mauro da Silva, que estarão na comissão técnica. Eles têm domínio técnico da função. Temos tranquilidade e segurança no trabalho. Não estou aqui estipulando prazo para eles – explicou o dirigente.

Mesmo bancado pelos dirigentes na semana passada, Cristóvão Borges acabou sendo demitido. Alessandro agradeceu a ele e ao auxiliar Cassiano de Jesus pelos trabalhos prestados em quase três meses. E disse que não consegue projetar como serão as próximas semanas de Carille no comando da equipe.

– Não trabalhamos assim, dizendo que se o Carille não vencer três ou quatro jogos traremos outro treinador. O presidente foi rápido e verdadeiro na entrevista coletiva e Carille assumiu. Mas o tempo e os jogos trazem calma para avaliar. Só posso falar do hoje. Tivemos de trocar e confiamos em quem está assumindo. Preciso hoje ter convicção em quem conduz o trabalho, ter segurança e após semanas voltarei a responder se vamos seguir com ele ou se vamos mudar.

Com a diretoria sendo alvo de protestos, Alessandro aproveitou para pedir que os torcedores tenham um pouco mais de carinho com os jogadores. O Timão volta a campo na quarta-feira, às 21h45, contra o Fluminense, no jogo de volta das oitavas de final da

Copa do Brasil. A equipe avança com um simples empate sem gols.
Discípulo de Tite, Carille usa técnico do Fla como exemplo para se firmar
– Quero passar uma mensagem ao torcedor. Sei a sede de vitórias e títulos. Joguei Série B e fomos campeões mundiais. Mas não vamos comparar momentos. Às vezes, o resultado não vem quando a gente quer. Precisamos de tempo para que as coisas se encaixem novamente. Estamos lutando pelo G-4 e se possível, é óbvio, brigaremos por título – pediu.