Lula era conselheiro do Corinthians desde 2003 e nunca participou de uma reunião

O Corinthians resolveu tomar providências contra os membros do Conselho Deliberativo que faltam frequentemente às reuniões. No mês passado, o Conselho de Ética do clube mandou carta para os “sumidos” cobrando explicações, sob o risco de até serem expulsos. A pressão já causou a primeira vítima: o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula era conselheiro vitalício desde 2003, por indicação do então presidente alvinegro Alberto Dualib. Em 13 anos, o ex-presidente da República não compareceu a qualquer dos encontros e enviou carta no dia 24 de agosto solicitando seu desligamento do órgão.

A pressão agora está concentrada em cima do deputado estadual Fernando Capez, de parentes de Dualib, que desapareceram das reuniões desde que o grupo de Andrés Sanchez tomou posse, em 2007, e a ex-jogadores do Timão que foram eleitos conselheiros em fevereiro de 2015 e nunca apareceram.

Em média, ocorrerem de quatro a seis reuniões por ano no Conselho Deliberativo. A última ocorreu há pouco mais de uma semana e definiu a forma da eleição para os próximos conselheiros trienais. Andrés defendeu que a proporcionalidade estabelecesse os vencedores, mas ele acabou derrotado, pois definiram pelas chapinhas com 25 conselheiros.

Também ficou definida a antecipação da eleição presidencial, que ocorria em fevereiro e agora será em novembro - a próxima está marcada para 2017. Ainda sobre o último encontro do Conselho Deliberativo, chamou a atenção a ausência de Mané da Carne e André Negão. O primeiro, assessor da presidência há anos, é alvo de acusações ligadas às categorias de base. Já André chegou a ser preso em 22 de março, por porte ilegal de arma.

Apesar das ausências, Lula teve papel fundamental na construção da Arena Corinthians. O ex-presidente da República trabalhou nos bastidores para costurar o acordo entre o clube e a Odebrecht.