5/5/2016 18:56

Queda no camarote: a eliminação vista na área VIP da Arena Corinthians

Clube atrai empresas com área business e cadeiras que custam R$ 13 mil ao ano. Torcida no local é atuante até apito final do empate por 2 a 2 contra o Nacional

Queda no camarote: a eliminação vista na área VIP da Arena Corinthians
camarotes arena corinthians (Foto: Diego Ribeiro)

Gritos, cornetas, xingamentos, comemorações, decepções. As reações dos torcedores da área mais exclusiva da Arena Corinthians pouco diferem do restante do estádio – ainda mais em dia de Taça Libertadores. O GloboEsporte.com assistiu ao empate por 2 a 2 com o Nacional, nesta quarta-feira, no “Business Lounge” do estádio. Apesar da mordomia oferecida, o sentimento de tristeza prevaleceu após o apito final.

“Business Lounge” é o camarote corporativo da arena: 606 lugares, cada um deles ao custo de cerca de R$ 13 mil por ano. A contrapartida é farta: amplo buffet de petiscos, jantar, bebidas não alcoólicas, DJ com som ambiente, estações de videogame, banheiros exclusivos. Tudo para atrair cada vez mais empresas e parceiros, que podem fechar pacotes e comprar quantos lugares quiserem na área – hoje, entre 15 e 20 companhias têm assentos ali.

Com tantas atrações a um preço alto, espera-se um clima de “balada”, de festa VIP. Há, sim, famosos, aspirantes a famosos e empresários com alto poder aquisitivo. Mas há também casos como o de Pedro, analista de sistemas, presenteado pela empresa em que trabalha.

– O serviço aqui é muito bom, o local é aconchegante. Já fui muito ao Pacaembu, vim umas cinco vezes à arena, mas com certeza voltaria a esse espaço – disse o torcedor.

Antes do jogo, a diferença é maior. O buffet oferecido por uma famosa padaria de São Paulo tem aperitivos como “carolinas de carne seca com crisps de couve”, além de pratos quentes. O público aproveita a área interna do camarote, conversa, ouve música e faz negócios. Muitas empresas usam o espaço para estreitar relacionamento com parceiros e clientes.
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Em outro andar do estádio, um dos 89 camarotes serve como degustação a potenciais parceiros do Corinthians. Com capacidade para 21 pessoas, o espaço modelo atrai novos clientes em busca de informações. A empresa que fechar um camarote, hoje, ganha um pacote que inclui divulgação da marca no painel de LED do Setor Leste, publicidade

em pequenas propriedades da arena, entre outros benefícios.
– As empresas estão começando a entender esse conceito, novo no Brasil. O “business lounge” é um espaço exclusivo em que acreditamos muito. A arena é para todos os públicos, e nosso desafio é sempre melhorar a experiência no setor Oeste – afirmou Bernardo Pontes, responsável pelo marketing da Arena Corinthians.
Por 90 minutos, porém, os negócios param. Na hora do apito inicial na Arena Corinthians, todos se igualam ao mais humilde torcedor de arquibancada. O nervosismo, as unhas roídas, os palpites estão todos ali. Há gringos também, gente que não torce para o Corinthians, mas está ali porque a empresa fica acima da rivalidade clubística.

Em sua maioria, porém, a essência é Corinthians. A ponto de um torcedor brigar com o amigo porque ele gritou gol antes da hora em uma cabeçada de Felipe para fora. Outro reprovou os gritos de “bicha” entoados toda vez que o goleiro Conde, do Nacional, batia um tiro de meta.

– Grita, Corinthians, pô! Parem com isso!
O gol de Nico López, no início do jogo, foi um gelo no ânimo dos torcedores do camarote. O empate, com Lucca, uma festa só – na hora do gol, a comemoração é a mesma de qualquer estádio do mundo. Abraços, gritos, “vai Corinthians” e um “não para de lutar” solitário.

No intervalo, o DJ ajuda a acalmar os ânimos com música ambiente, mas não por muito tempo. O gol de Santiago Romero, no início do segundo tempo, deixa o clima tenso novamente. No pênalti a ser batido por André, a confiança não aumentou.
Vão colocar logo quem para bater...

O erro fez boa parte do setor Oeste deixar o estádio a cinco, dez minutos do fim do jogo. No camarote, ninguém arredou pé. Até o gringo que não parecia tão interessado no que acontecia dentro de campo passou a acompanhar os momentos finais com atenção.
O novo pênalti, com gol de Marquinhos Gabriel, gerou mais raiva sobre André do que empolgação com a possível vaga. O gol perdido por Romero, no último ato, foi o responsável pelo silêncio. Assim, sem qualquer palavra, os torcedores deixam o “Business Lounge” e chegam rapidamente ao estacionamento, com elevadores e escadas rolantes à disposição.

Com o apito final, lamenta-se, claro. A experiência geral foi muito boa, mas faltou o resultado dentro de campo. O camarote, agora, só será ocupado em 2016 nos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Enquanto isso, os negócios continuam.



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