FERNANDO DANTAS/GAZETA PRESS
Polícia Militar observa torcida do Corinthians no clássico com o Palmeiras, no Pacaembu

O homem morto na briga entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, em São Miguel Paulista, ainda não foi identificado pelo IML ((Instituto Médico Legal) Leste, segundo informou a assessoria de imprensa da Secretária de Segurança Pública. O óbito ocorreu por volta das 10h do último domingo - no mesmo dia do jogo, no Pacaembu.


Na última segunda, ao anunciar novas medidas que serão adotadas para tentar coibir a violência entre as torcidas, o secretário de segurança pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou que o homem já tinha sido identificado.

"Nome e sobrenome, inclusive", disse ele.

As únicas informações que a polícia tem até agora é que é um homem de aproximadamente 60 anos, "branco, calvo, grisalho e porte médio para gordo", segundo consta no boletim de ocorrência registrado no 63º DP, no bairro da Vila Jacuí.

Segundo a ocorrência, o homem foi balado no "flanco esquerdo superior e do lado direito, abaixo da axila" durante um confronto entre corintianos e palmeirenses na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, em São Miguel Paulista, na zona leste da capital.

No local, estavam concentrados pacificamente alguns palmeirenses, que iriam se deslocar ao estádio do Pacaembu. Havia também alguns policiais militares. O boletim de ocorrência informa que os corintianos é que iniciaram o conflito, atacando os torcedores alviverdes com pedras, pedaços de pau e rojões.

A Polícia Militar não sabe de onde partiu o dispuro que matou o homem. O senhor chegou a ser socorrido no local onde foi ferido, mas já estava morto.

PROCEDIMENTO

Segundo informou a assessoria de imprensa da Secretária de Segurança Pública, o comum é aguardar 72h para que o corpo seja identificado. Caso isso não ocorra a vítima é sepultada na condição de "corpo desconhecido não-reclamado".

Mas esse procedimento não será adotado com o homem morto no domingo. Por se tratar de um caso com maior divulgação na mídia, o IML leste aguardará por um prazo maior na expectativa de que ele seja identificado.

Uma possibilidade é algum familiar ou pessoa próxima reconhecer a vítima. Isso seria possível pela repercussão que o caso ganhou na mídia.

Outra forma de identificação é por meio das impressões digitais, mas o IML só conseguirá identificar o morto se ele o Registro Geral dele for do Estado de São Paulo - o cadastro é estadual. Segundo a assessoria de imprensa, o laudo ainda não foi concluído.