30/5/2015 09:51
Tite nega crise e estimula os seus reservas em período de carências
Técnico do Corinthians pretende encontrar soluções ofensivas a partir do clássico com o Palmeiras
Tite já parece conformado em perder jogadores e não ganhar reposições no Corinthians. Após a confirmação das saídas dos atacantes Paolo Guerrero e Emerson, o técnico tentou amenizar os problemas que enfrenta e aproveitou para estimular os reservas do seu elenco.
“Crise? Quero estar em crise com essa pontuação, liderando o campeonato. Isso me serve”, sorriu Tite, referindo-se às vitórias sobre Cruzeiro e Chapecoense e ao empate com o Fluminense que levaram o Corinthians aos 7 pontos ganhos no Brasileiro. O time divide a ponta da tabela com o Sport e o Goiás.
Para evitar que a instabilidade se transforme em crise, no entanto, é imprescindível conquistar um bom resultado contra o Palmeiras, neste domingo, em Itaquera. O rival também atravessa um período de desconfiança, já que ainda não venceu no Campeonato Brasileiro e só empatou com o ASA no Palestra Itália pela Copa do Brasil.
“É um clássico extraordinário, um campeonato à parte. Para o sensacionalista, pode ser que sim, que a crise venha para o derrotado. Para o mais criterioso, que não fica só fechado em uma caixinha ao analisar o futebol, não”, comentou Tite.
Criterioso, o técnico do Corinthians apostou em Ángel Romero como substituto de Guerrero para convencer até o mais crítico dos sensacionalistas diante do Palmeiras. A reviravolta na carreira do atacante paraguaio, que antes nem relacionado era, serve de exemplo para quem está em baixa no elenco.
“Estamos em um momento de montagem de equipe, de estruturação. É um desafio. Do meio para a frente, está tudo aberto. O desempenho dentro de campo definirá o nosso time. Cabe a cada um aproveitar essa hora de oportunidades”, incentivou Tite.
O técnico espera que o seu discurso seja suficiente para encontrar soluções para o esvaziado Corinthians, aberto a receber propostas para outros jogadores. A crise financeira ainda impede de o clube projetar grandes investimentos para repor as perdas.
“A cada seis meses, temos mais ou menos modificações nos clubes brasileiros. Faz parte da nossa realidade financeira. É inevitável”, aceitou Tite.
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