O Corinthians precisa de um gol para se classificar para a Libertadores, sobe a placa de 5 minutos de acréscimos do segundo tempo, a Fiel começa a cantar "EU ACREDITO! EU ACREDITO". O jogo é tenso, truncado, daqueles em que a bola não pára no chão e o futebol não rola com maestria, tem que vencer na garra. A receptividade da torcida pra entrada do ônibus trouxe a energia que faltava. Falta, último minuto, o estádio se cala, bola ajeitada, é classificar ou dar adeus à possibilidade de título depois de tantos anos. Silêncio. Bola na rede. Explosão. A torcida quase derruba a Arena em frenesi.



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Não importa o adversário que você imaginou na sua mente, já vivemos esse momento mais de uma vez em varias situações e campeonatos e é emocionante, é a vibração que nos torna mais corinthianos. Quem não daria tudo hoje para assistir um simples Corinthians x Novo Horizontino "não valendo nada" na Arena Corinthians? Só pra poder estar lá, ver o time jogar, vestir o manto, recepcionar o busão, cantar o hino pulando, comemorar gols.

Até o mais "modinha" está com saudades. Pois é, essa emoção não deve ser vivida novamente no ano de 2020 de acordo com os protocolos médicos de proteção que estão sendo criados pelas regularizadores de saúde em conjunto com as confederações.

A Bundesliga da Alemanha retorna amanhã 6 jogos serão disputados no mesmo dia completamente sem torcida, com as equipes de delegações extremamente reduzidas assim como as de imprensa e todos os profissionais envolvidos e necessários para realizar o espetáculos do futebol em campo.

A lista de recomendações também inclui algumas curiosidades: não pode beijar a bola, não pode abraçar para comemorar o gol, não pode cuspir no chão durante a torcida e podem até ser punidos pelo árbitro se cometerem alguma das infrações citadas.

Os únicos que não utilizarão máscaras serão os jogadores em campo e o treinador para poder gritar, todo o restante da equipe estará mascarada e de lucas. Nos preparos, os jogadores não encostam sequer em maçanetas, há sempre um profissional higienizando ou auxiliando à distância cada etapa.

Qual foi o primeiro passo para tornar possível? O primeiro passo para o futebol acontecer foi regulamentar treinos inicialmente isolados, depois em pequenos grupos e por fim coletivos com todo o preparo e segurança. Depois disso os jogadores foram testados por 4 laboratórios diferentes e familiares também e todos que os autorizados a jogar foram isolados no períodos pré-jogo para maior segurança das equipes.

Os atletas chegam e vão diretamente para testes de febre e nível de oxigenação no sangue. Se qualquer um dos testes estiver fora de padrão, o jogador será isolado imediatamente e todos os que tiverem contato com ele nos últimos 15 dias também.

Sem dúvidas é uma nova realidade e uma nova responsabilidade: 11 representando milhares. As arquibancadas estarão mas não significará, de maneira nenhuma, que não haverá apoio e milhões de torcedores conectados em cada lance. Vai ser incrivelmente diferente.

Isolamento, rigidez na higiene, pressão nos bastidores pelas altas dívidas. A Alemanha inicia neste sábado o teste prático de como será o futebol em tempos de pandemia e outros países da Europa também já se preparam para voltarem às atividades.

Grêmio e Internacional retornaram aos treinamentos na última segunda-feira mesmo contra a vontade inicial do governador do Estado do Rio Grande do Sul - que depois voltou atrás e apoiou. Lá também seguem os protocolos que a Europa compôs acima e ainda realizam todos os procedimento, até mesmo a musculação dos atletas, ao ar livre em pequenos grupos para reduzir o tempo entre pessoas em ambientes comuns.



Vale lembrar que grande parte da população alemã e italiana - que retorna os campeonatos no início de junho - eram contra o retorno do futebol. A opinião contrária se dividia pelo medo da pandemia evoluir globalmente nos próximos meses em uma futura segunda onda que possa chegar na Europa e parte por não haver possibilidade de receber os torcedores.

Você é a favor do retorno?


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