Em grave crise financeira, o Corinthians precisou radicalizar e anunciou nesta quarta-feira o corte de até 70% nos salários dos funcionários que não trabalharem em maio, por causa da pandemia de coronavírus. Aqueles que fizerem home office terão um desconto de 50% nos vencimentos. E isso inclui atletas da base e funcionários do time profissional.
As únicas exceções são funcionários com salários inferiores a R$ 3 mil e os atletas da equipe principal - existe uma outra negociação, à parte, com os jogadores para a redução nos vencimentos.
De qualquer maneira, a decisão de cortar até 70% vai garantir uma economia mensal de R$ 2,1 milhões, de acordo com o diretor financeiro do Corinthians, Matias Ávila. A ideia é reduzir em pelo menos 30% os salários dos atletas profissionais, o que geraria outros R$ 4,5 milhões de alívio na folha.
“Estamos tomando essa medida para evitar demissões. Preferimos reduzir salários do que mandar funcionários embora”, explica Ávila, em entrevista exclusiva ao Blog. Com funcionários, jogadores da base e do elenco principal, o Corinthians tem mais de mil prestadores de serviço.
Com a perda de várias receitas, de TV, patrocínio, bilheteria e premiações, o Timão tem enfrentado enorme dificuldade para cumprir seus compromissos. Os salários de março dos jogadores ainda não foram pagos. Durante o fim de semana, o Parque São Jorge ficou sem luz, após o corte de fornecimento por falta de pagamento.
Já os funcionários chegaram a ficar sem direito ao plano de saúde por algumas horas.
“Efetuamos o pagamento do plano e está tudo regularizado. Custa cerca de R$ 1 milhão por mês”, explica Matias, citando ainda que os gastos com energia elétrica são de R$ 250 mil mensais.
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