O Corinthians Steamrollers participou nesta semana de uma festa de aniversário temática sobre futebol americano. O motivo da visita do time corinthiano é que o aniversariante de apenas um ano, Martín, tem de usar 23 horas por dia um capacete como tratamento para uma doença conhecida como plagiocefalia, ou assimetria craniana.



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“Ficamos com o coração apertado, mas o Martín mesmo aceitou bem desde o começo. O que fizemos foi adaptar e trabalhar a inclusão dele em tudo que fazemos. No Carnaval eu até fiz uma fantasia para ele, de Magneto, e ele ganhou um concurso de fantasia”, explicou a mãe do garoto, Luciana Kubo.

Uma das alternativas encontradas pela família no processo de inclusão foi introduzir Martín ao Corinthians Steamrollers, time de futebol americano do Alvinegro. A ideia de fazer a festa de aniversário de um ano de Martín sobre a modalidade surgiu para que ele estivesse num ambiente em que a maioria das pessoas também usasse capacete. Luciana entrou em contato com a equipe do Timão por meio das redes sociais e recebeu uma resposta positiva.

“O time se solidarizou, e tinha mais gente na festa com capacete do que sem capacete! O Martín, com certeza vendo as fotos, vai se sentir bem integrado. Hoje ele não entende, mas a gente se emocionou muito. Ficamos realmente felizes e agradecidos com o Corinthians por essa ajuda. Com certeza não vamos esquecer nunca”, disse o pai, Marcelo Galvão.

O pequeno corinthiano foi diagnosticado com plagiocefalia em dezembro de 2019 e, desde então, seus pais foram em busca de tratamento. Em Sorocaba, onde vivem, passaram por alguns médicos antes de encontrar uma profissional que recomendou o uso do capacete que Martín deverá usar por um ano e meio.

“Quando encontramos essa médica a Luciana já sabia do tratamento com capacete e que a AACD, em São Paulo. produzia a peça. Quando a médica passou a receita, levamos na AACD, que tiraram as medidas e fizeram o capacete. Isso tudo levou dez meses, quando o ideal é que comece com três meses de vida porque a região craniana ainda está em formação”, contou o pai.

O pai da criança acompanha o Corinthians desde sua juventude nos anos 90, mas a paixão vem de berço: tanto a mãe, uruguaia, quanto o pai são da Fiel torcida. Sua casa é alvinegra, desde os móveis até a decoração. O próprio Martín foi cadastrado no Fiel Torcedor antes de tirar o RG — onde, aliás, aparece com a camisa do Timão na foto 3x4.

“Eu e o Martín fomos à Arena três vezes ano passado. Também fomos à decisão da Liga Sul-Americana de basquete, no Parque São Jorge, e assistimos à final do Campeonato Paulista de Futsal entre Corinthians e Magnus em Sorocaba”, contou.

Entusiasta do futebol americano, Marcelo ficou sabendo do Corinthians Steamrollers em 2010 e, desde então, acompanha a equipe. No aniversário, vestia uma camiseta daquela época, mas para sua surpresa foi presenteado com um modelo novo. Luciana e Martín também ganharam suas próprias camisetas. Os três assistiram aos treinos da equipe na semana passada.

Esta história foi também contada em uma reportagem do SBT. Depois de passar por quatro médicos que não deram a devida atenção ao caso, os pais de Martín acreditam que o mais importante na divulgação de sua história é que outros pais que identifiquem anomalias no crânio de seus filhos consigam ter um diagnóstico de maneira mais rápida.

“Esperamos que os pais de outras crianças vejam a reportagem, saibam da história do Martín e consigam um diagnóstico mais precoce, com mais tempo para resolver o problema da criança”.

Martín e sua família estarão no Parque São Jorge este sábado (14), para ver a estreia do Corinthians Steamrollers pelo Campeonato Paulista de Futebol Americano. O Rolo Compressor vai enfrentar o Tatuapé Monsters, às 19h30. Para mais informações sobre ingressos para a estreia da equipe corinthiana,








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