Foto: Marcos Ribolli
O apoio da torcida do Corinthians será fundamental nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Itaquera, em jogo em que a equipe precisa virar uma derrota por 1 a 0 para o São Paulo no duelo de ida para conseguir se classificar à final do Paulistão.
– A torcida do Corinthians é fantástica, nos apoia os 90 minutos, é nosso 12º jogador. Sabemos que eles vão lotar o estádio para reverter esse resultado – destacou Pedrinho.
Com mais de 40 mil presentes, a festa na Arena terá uma única bandeira tremulando numa haste no Setor Norte, onde ficam as organizadas. Na verdade, com uma muleta improvisada de mastro.
á virou tradição: em todos os jogos do Timão, uma bandeira é amarrada numa muleta no meio do povo, dando um colorido diferente a uma imensidão em preto e branco. A cena curiosa tem um tom de protesto: os torcedores querem mostrar que bandeiras fazem falta ao futebol.
Segundo corintianos ouvidos pela reportagem, as muletas são sempre emprestadas por torcedores com alguma deficiência física que acompanham o jogo do local reservado a eles no Setor Norte.
O torcedor mais atento pode reparar que a foto que abre a reportagem, do fotógrafo Marcos Ribolli, e a publicada no Instagram do Corinthians, abaixo, têm muletas completamente diferentes.
A entrada de bandeiras com mastros de bambu, madeira ou outro material em São Paulo é proibida por lei desde 1996 – inciso III do artigo 5º da Lei 9.470, datada de 27/12/1996. Um ano antes, os objetos foram usados como arma numa briga generalizada na decisão de um torneio juniores entre Palmeiras e São Paulo, no Pacaembu.
Em 2011, um projeto de lei do deputado Ênio Tatto quase liberou a volta dos objetos, mas o governador Geraldo Alckmin vetou a decisão baseado na argumentação da Polícia Militar.