17/9/2015 00:18

Em 1995, Corinthians encarou Santos às 11h e arrancou para conquista de título paulista

Personagens como Marcelinho, Marques, Tupãzinho e Henrique destacaram-se do lado do Timão; Edinho, filho de Pelé, era goleiro do Santos

Em 1995, Corinthians encarou Santos às 11h e arrancou para conquista de título paulista
A única partida entre os alvinegros disputada pela manhã que marca essa história é de ótimas lembranças para o Timão
© Djalma Vassão/AE


Domingo de clássico. Frente a frente, Corinthians e Santos. O horário da partida? 11h. O confronto matutino deste fim de semana na Arena Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, não é inédito entre as equipes. A única partida entre os alvinegros disputada pela manhã que marca essa história é de ótimas lembranças para o Timão.

Após vencer de forma dramática a Portuguesa na semana anterior, o Corinthians precisava vencer o Santos para chegar à decisão do Campeonato Paulista de 1995. Já classificado, o Palmeiras aguardava adversário. Se tropeçasse diante do rival praiano, restaria ao Timão torcer por um tropeço da Lusa diante do União São João de Araras. A diretoria alvinegra, inclusive, proibiu que o sistema de som do estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira, palco da partida, anunciasse movimentação do placar na outra partida.

Timão e Santos se enfrentaram de manhã com transmissão da TV Globo (veja vídeo abaixo). O horário foi escolhido pois, no tradicional horário da tarde, a Seleção Brasileira enfrentaria o Uruguai, em Montevidéu, pela final da Copa América (foi derrotada por 5 a 3 nos pênaltis). Com muito sol, um público de quase 20 mil pessoas e um gramado bastante irregular, o Corinthians venceu o rival com autoridade e garantiu a vaga.

Sentindo a alta temperatura no interior do estado, o Timão começou a partida cadenciando o jogo. Com o empate servindo para conquistar a vaga na decisão, Marcelinho e cia tocavam a bola e não ofereciam muitas oportunidades para o Santos tentar armar o jogo. Já eliminado, o rival atuava sem pressão e pretendia estragar a festa corinthiana. Festa que vinha da arquibancada desde o início. Com a torcida inflamada, o Corinthians não “resistiu” ao regulamento e foi para cima.

Aos 25 minutos, Cerezo foi virar a bola de um lado a outro do campo, mas entregou nos pés de Marcelinho Paulista. O volante, esperto, dominou e mandou para o meio da área. Marques, revelado no terrão, matou com o pé direito jogando a bola à frente e finalizou cruzado sem chances para o goleiro Edinho. O Timão abria o placar.

Cinco minutos depois, falta para o Timão de muito longe, quase na intermediária. Freguês reconhecido de Marcelinho Carioca, o goleiro Edinho, filho de Pelé, armou a barreira para impedir que o “Pé de Anjo” encontrasse uma brecha. Não teve jeito: com força, o camisa 7 bateu, a bola quicou no gramado irregular, beijou a trave e morreu no fundo do gol santista: 2 a 0 Timão e um pé e meio na final.

A equipe controlou o placar até o fim da primeira etapa e voltou do vestiário já em ritmo desacelerado. Foi assim, numa bobeada, que Jamelli partiu solto pelo lado esquerdo e serviu Giovanni, no meio da área, que bateu firme no fundo do goleiro Ronaldo. Com cinco minutos, o Santos diminuiu e provocou a ira do técnico Eduardo Amorim, que chacoalhou a equipe e fez com que o Corinthians partisse para cima novamente.

Tentando o empate, o Santos aproveitava os espaços deixados pelo Timão. Só que em uma dessas tentativas esbarrou no “xerifão” Henrique, que, além de tomar a bola, partiu para o campo de ataque com o domínio. Com tranquilidade, entregou para Marcelinho Carioca do lado esquerdo, que, de canhota, cruzou. Marques, de primeira, mais uma vez botava a bola na rede se jogando em linda conclusão meio de carrinho, meio de sem pulo. Timão 3 a 1 e a volta da tranquilidade.

Tranquilidade que faltou ao goleiro Edinho quatro minutos depois. Em reposição errada, a bola parou no pé de Marcelinho Carioca no meio-campo. O camisa 7 tentou o gol que Pelé não fez e a bola explodiu no travessão. No rebote, Marques dominou, cruzou, e Tupãzinho, de peixinho, fez o quarto gol corinthiano no jogo.

Antes do fim da partida, o Santos diminuiria mais uma vez, com Marcelo Passos. Mas o placar final apontou quatro gols para o Corinthians, dois para o Santos, e a festa da Fiel Torcida invadiu Limeira e todo o estado. O Corinthians estava na final, em que quinze dias depois conquistaria o título após bater o arquirrival Palmeiras em Ribeirão Preto.


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2991 visitas - Fonte: Agência Corinthians

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