O Corinthians se precaveu contra a possibilidade de a torcida protestar contra a equipe pela eliminação nas oitavas de final da Taça Libertadores, após derrota por 1 a 0 para o Guaraní, do Paraguai, na última quarta, na arena. A movimentação ao redor do CT Joaquim Grava, porém, foi bem tranquila e apenas um torcedor mais exaltado apareceu para fazer cobranças.

Por volta das 14h, cinco viaturas da Polícia Militar de São Paulo chegaram ao local para evitar qualquer problema na chegada dos jogadores pelo portão principal. A outra entrada, destinada à imprensa e aos prestadores de serviço, não recebeu proteção policial.

Poucos torcedores foram ao CT Joaquim Grava nesta quinta, mas a grande maioria não fez protestos. Por volta das 17h, enquanto o lateral-direito Fagner falava na sala de imprensa, um alvinegro, de bicicleta, parou na grade que circunda a casa alvinegra e passou a gritar contra a diretoria.

– Jogador, se tiver vergonha na cara, entra em greve! Entra em greve! – gritou.
Dentro de campo, o clima era bem carregado. Apenas os jogadores reservas deixaram os vestiários para uma atividade tática, acompanhada pelo técnico Tite. As tão comuns brincadeiras entre os atletas foram deixadas de lado. Os titulares ficaram na parte interna fazendo recuperação física.

A preocupação com a segurança tem lógica. Em 2011, um dia depois da eliminação para o Tolima, torcedores invadiram o CT Joaquim Grava e danificaram vários carros. Em fevereiro do ano passado, após a goleada de 5 a 1 para o Santos, alvinegros fizeram um buraco na grade e entraram novamente para tentar agredir atletas.